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Cristãos e muçulmanos se unem para combater a escravidão

Igrejas se reuniram para uma rara demonstração de ação interreligiosa, ao pedirem o fim a escravidão moderna num prazo máximo de 20 anos

Trabalho escravo: igrejas declararam que "a exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças" aprisiona 30 milhões de pessoas em todo o mundo na escravidão (Janduari Simões)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 19h10.

Cidade do Vaticano - A Igreja Católica Romana, a Igreja da Inglaterra e a Al-Azhar, influente instituição de ensino muçulmana sunita, com sede no Cairo, se reuniram nesta segunda-feira para uma rara demonstração de ação interreligiosa, ao pedirem o fim a escravidão moderna num prazo máximo de 20 anos.

Em sua declaração conjunta estabelecendo a criação da "Rede da Liberdade Global", eles declararam que "a exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças" aprisiona 30 milhões de pessoas em todo o mundo na escravidão.

Além de estabelecer um dia mundial de oração pelas vítimas da escravidão, as religiões concordaram em agir para que "suas cadeias de suprimentos e investimentos sejam à prova de escravidão, tomando medidas corretivas para isso, se necessário" e em pressionar governos e empresas a fazerem o mesmo.

As relações entre o Vaticano e a Igreja Anglicana (da Inglaterra) são cordiais, embora haja divergências como no papel da mulher nas instituições religiosas e na questão dos homossexuais, enquanto os laços de Roma com a Al-Azhar estão mais próximos após três anos de gélida separação.

O bispo Marcelo Sánchez Sorondo, que assinou o documento em nome do Vaticano, disse que o papa Francisco descreveu o tráfico humano e escravidão moderna, variando entre o trabalho sexual forçado a trabalho agrícola sem remuneração, como um "crime contra a humanidade".

Ele disse que o raro exemplo de cooperação entre as comunidades católica e anglicana e Al-Azhar poderia ajudar a construir laços mais estreitos entre as religiões.

"Acho que esta é a primeira vez que trabalharam juntos desta maneira", disse ele a jornalistas na cerimônia de assinatura, acrescentando que as relações interreligiosas requerem estudo e tratamento cuidadoso.

"Mas para outras questões, questões humanas, os valores comuns da humanidade, podemos trabalhar juntos e isso pode ser importante para o caminho teórico", disse ele.

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Cidade do Vaticano - A Igreja Católica Romana, a Igreja da Inglaterra e a Al-Azhar, influente instituição de ensino muçulmana sunita, com sede no Cairo, se reuniram nesta segunda-feira para uma rara demonstração de ação interreligiosa, ao pedirem o fim a escravidão moderna num prazo máximo de 20 anos.

Em sua declaração conjunta estabelecendo a criação da "Rede da Liberdade Global", eles declararam que "a exploração física, econômica e sexual de homens, mulheres e crianças" aprisiona 30 milhões de pessoas em todo o mundo na escravidão.

Além de estabelecer um dia mundial de oração pelas vítimas da escravidão, as religiões concordaram em agir para que "suas cadeias de suprimentos e investimentos sejam à prova de escravidão, tomando medidas corretivas para isso, se necessário" e em pressionar governos e empresas a fazerem o mesmo.

As relações entre o Vaticano e a Igreja Anglicana (da Inglaterra) são cordiais, embora haja divergências como no papel da mulher nas instituições religiosas e na questão dos homossexuais, enquanto os laços de Roma com a Al-Azhar estão mais próximos após três anos de gélida separação.

O bispo Marcelo Sánchez Sorondo, que assinou o documento em nome do Vaticano, disse que o papa Francisco descreveu o tráfico humano e escravidão moderna, variando entre o trabalho sexual forçado a trabalho agrícola sem remuneração, como um "crime contra a humanidade".

Ele disse que o raro exemplo de cooperação entre as comunidades católica e anglicana e Al-Azhar poderia ajudar a construir laços mais estreitos entre as religiões.

"Acho que esta é a primeira vez que trabalharam juntos desta maneira", disse ele a jornalistas na cerimônia de assinatura, acrescentando que as relações interreligiosas requerem estudo e tratamento cuidadoso.

"Mas para outras questões, questões humanas, os valores comuns da humanidade, podemos trabalhar juntos e isso pode ser importante para o caminho teórico", disse ele.

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