Sede da Fifa em Zurique (Arnd Wiegmann/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 14h18.
Lausanne - Um dos ex-vice-presidentes da Fifa, o sul-coreano Chung Mong-Joon teve sucesso no recurso que apresentou à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) e já está livre para voltar a trabalhar com o futebol novamente. Punido anteriormente com uma suspensão de cinco anos, o ex-dirigente da entidade viu a sua pena ser reduzida para 15 meses, período que ele terminou de cumprir no mês passado.
Ao justificar a sua decisão anunciada neste sábado, o máximo tribunal esportivo mundial disse ter encontrado "fatores atenuantes" para diminuir a suspensão, imposta inicialmente pela Fifa em outubro de 2015, após o ex-dirigente ser acusado de violar o código de ética da entidade. Para completar, ele teve uma multa de 50 mil francos suíços (cerca de R$ 174 mil), aplicada anteriormente, anulada.
Mong-Joon havia sido acusado de praticar "lobby impróprio" durante o processo de candidatura dos países para receber a Copa do Mundo de 2022, que será realizada no Catar, e de não ter cooperado totalmente em uma investigação subsequente de todos os aspirantes a abrigar o Mundial.
A CAS, porém, alegou agora que qualquer violação do sul-coreano ao código de ética da Fifa ocorreu em "um grau bem menor" do que o julgado pelo órgão da entidade máxima do futebol. E o sul-coreano já havia reduzido anteriormente uma suspensão inicial de seis anos e uma multa de 100 mil francos, que caiu para cinco anos e 50 mil francos, após ter entrado com um recurso no Comitê de Apelações da Fifa.
Mong-Joon, que negou ter cometido irregularidades, foi um dos vice-presidentes da Fifa de 1994 a 2011. Ele é um bilionário herdeiro da montadora sul-coreana Hyundai, que é um dos patrocinadores da entidade, e esperava poder chegar à presidência da Fifa e suceder Joseph Blatter quando uma investigação anunciada contra ele, em 2015, afundou os seus planos de candidatura.