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Rafael Correa deve conquistar terceiro mandato no Equador

Correa, apoiado por mais da metade dos eleitores, completará dez anos no poder em 2017 se reeleito

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2013 às 11h05.

Quito – O presidente do Equador , Rafael Correa, deve conquistar neste domingo (17) seu terceiro mandato consecutivo. Ele disputará o primeiro turno com sete candidatos, mas segundo todas as pesquisas de opinião, ele tem o apoio de mais da metade do eleitorado e está bem à frente do segundo colocado, o banqueiro Guillermo Lasso, que aparece com cerca de 11% dos votos.

No fechamento da curta campanha, que durou 42 dias e terminou na quinta-feira (14), Lasso fez um apelo aos eleitores para não desperdiçarem o voto e garantirem, pelo menos, a realização do segundo turno, no dia 7 de abril. Já Correa está convicto de que será reeleito no domingo para um novo mandato, de quatro anos. Se eleito, em 2017 ele completará uma década no poder, um recorde num país marcado pela instabilidade política e econômica.

Esta é a primeira vez que militares e policiais na ativa e adolescentes de 16 a 18 anos de idade têm a opção de votar. No total, 11,6 milhões de equatorianos estão cadastrados para votar – incluindo os 285 mil que vivem no exterior. Além de presidente e vice-presidente, o equatorianos escolherão 137 legisladores da Assembleia Nacional e cinco representantes do Parlamento Andino.

O maior desafio de Correa, dizem os analistas, é conquistar a maioria na Assembleia Nacional. Por falta de apoio parlamentar, o presidente não conseguiu aprovar a nova Lei de Meios (novo marco regulatório das comunicações), que está sendo debatida há três anos. No governo desde janeiro de 2007, Correa acumulou amores e ódios.

Os simpatizantes de Correa enumeram os projetos de inclusão social, além das obras publicas que ele fez: estradas, pontes, escolas e hospitais. Os críticos dizem que ele se transformou num caudilho, concentrando poder e não admitindo críticas da imprensa. Ambos os lados coincidem que o Equador esta atravessando um período de estabilidade econômica e política, depois de sucessivas crises. Mas que os principais desafios do novo governo são a pobreza, a corrupção e a insegurança.

“Vou votar em Correa porque ele fez muito pelos jovens, especialmente em matéria de educação. O ensino público agora e totalmente gratuito e houve grandes melhoras nas universidades”, disse à Agencia Brasil o estudante de engenharia ambiental Henry Moreira.

Jà o motorista de táxi Juan Laprida diz que vai votar em “qualquer candidato da oposição”, só para não dar seu voto a Correa. “Ele é muito prepotente. Fala toda hora em cadeia nacional e não admite que falem dele. Além do mais, aumentou muito os impostos”.

O costureiro Jose Fernando Rodriguez não quer correr o risco de votar em outro. “Tenho medo de voltar aos tempos do confisco dos depósitos bancários, quando nos roubaram toda a poupança, ou a época em que tínhamos um presidente atrás do outro e ficávamos sem luz elétrica”, diz ele. “Em time que ganha, ninguém mexe”.

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Quito – O presidente do Equador , Rafael Correa, deve conquistar neste domingo (17) seu terceiro mandato consecutivo. Ele disputará o primeiro turno com sete candidatos, mas segundo todas as pesquisas de opinião, ele tem o apoio de mais da metade do eleitorado e está bem à frente do segundo colocado, o banqueiro Guillermo Lasso, que aparece com cerca de 11% dos votos.

No fechamento da curta campanha, que durou 42 dias e terminou na quinta-feira (14), Lasso fez um apelo aos eleitores para não desperdiçarem o voto e garantirem, pelo menos, a realização do segundo turno, no dia 7 de abril. Já Correa está convicto de que será reeleito no domingo para um novo mandato, de quatro anos. Se eleito, em 2017 ele completará uma década no poder, um recorde num país marcado pela instabilidade política e econômica.

Esta é a primeira vez que militares e policiais na ativa e adolescentes de 16 a 18 anos de idade têm a opção de votar. No total, 11,6 milhões de equatorianos estão cadastrados para votar – incluindo os 285 mil que vivem no exterior. Além de presidente e vice-presidente, o equatorianos escolherão 137 legisladores da Assembleia Nacional e cinco representantes do Parlamento Andino.

O maior desafio de Correa, dizem os analistas, é conquistar a maioria na Assembleia Nacional. Por falta de apoio parlamentar, o presidente não conseguiu aprovar a nova Lei de Meios (novo marco regulatório das comunicações), que está sendo debatida há três anos. No governo desde janeiro de 2007, Correa acumulou amores e ódios.

Os simpatizantes de Correa enumeram os projetos de inclusão social, além das obras publicas que ele fez: estradas, pontes, escolas e hospitais. Os críticos dizem que ele se transformou num caudilho, concentrando poder e não admitindo críticas da imprensa. Ambos os lados coincidem que o Equador esta atravessando um período de estabilidade econômica e política, depois de sucessivas crises. Mas que os principais desafios do novo governo são a pobreza, a corrupção e a insegurança.

“Vou votar em Correa porque ele fez muito pelos jovens, especialmente em matéria de educação. O ensino público agora e totalmente gratuito e houve grandes melhoras nas universidades”, disse à Agencia Brasil o estudante de engenharia ambiental Henry Moreira.

Jà o motorista de táxi Juan Laprida diz que vai votar em “qualquer candidato da oposição”, só para não dar seu voto a Correa. “Ele é muito prepotente. Fala toda hora em cadeia nacional e não admite que falem dele. Além do mais, aumentou muito os impostos”.

O costureiro Jose Fernando Rodriguez não quer correr o risco de votar em outro. “Tenho medo de voltar aos tempos do confisco dos depósitos bancários, quando nos roubaram toda a poupança, ou a época em que tínhamos um presidente atrás do outro e ficávamos sem luz elétrica”, diz ele. “Em time que ganha, ninguém mexe”.

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