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Corpo recuperado no avião de Emiliano Sala é levado para Inglaterra

Seu desaparecimento comoveu as torcidas dos dois times e várias personalidades do futebol, que expressaram solidariedade à sua família.

Autoridades britânicas recuperaram o corpo encontrado no avião, submerso no Canal da Mancha, no qual viajavam o jogador argentino Emiliano Sala e seu piloto (AAIB/Reuters)

Autoridades britânicas recuperaram o corpo encontrado no avião, submerso no Canal da Mancha, no qual viajavam o jogador argentino Emiliano Sala e seu piloto (AAIB/Reuters)

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AFP

Publicado em 7 de fevereiro de 2019 às 08h51.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2019 às 08h51.

As autoridades britânicas recuperaram o corpo encontrado no avião, submerso no Canal da Mancha, no qual viajavam o jogador argentino Emiliano Sala e seu piloto e o transportaram para a Inglaterra para o processo de identificação.

Utilizado pelo Departamento Britânico de Investigação de Acidentes Aéreos (AAIB) na operação, o navio "Geo Ocean 3" chegou às 8h46 locais (6h46 de Brasília) ao porto de Portland, no extremo sul da Inglaterra.

O AAIB anunciou que, "em condições adversas", conseguiu recuperar "com êxito o corpo visto previamente nos destroços" do pequeno avião.

"A operação transcorreu com a maior dignidade possível, e as famílias foram informadas dos processos alcançados", acrescentou o AAIB.

Com as previsões meteorológicas para os próximos dias, as autoridades decidiram encerrar a operação de resgate e agora corresponde aos legistas e à polícia determinar a identidade do cadáver.

O AAIB informou que foi impossível trazer o avião à superfície, mas que as imagens serão usadas na investigação. Um relatório preliminar será divulgado em duas semanas.

Sala, de 28 anos, e seu piloto, o britânico David Ibbotson, de 59, voavam em 21 de janeiro em um monomotor Piper PA-46-310P Malibu entre a França e a Grã-Bretanha, quando desapareceram dos radares a 20 km da ilha britânica de Guernsey, no Canal da Mancha.

O argentino tinha saído da cidade francesa de Nantes, onde jogava há um ano e meio no clube local, para se integrar ao Cardiff (País de Gales), que tinha acabado de contratá-lo por uma quantia estimada em 17 milhões de euros, um recorde para esta equipe ameaçada de rebaixamento para a segunda divisão.

Seu desaparecimento comoveu as torcidas dos dois times e várias personalidades do futebol, que expressaram solidariedade à sua família.

Quase duas semanas depois, as autoridades britânicas anunciaram no domingo ter encontrado os restos do avião no fundo do mar e, no dia seguinte, ter detectado a presença de "um ocupante" entre os destroços da aeronave.

Em 26 de janeiro, a família do jogador conseguiu a retomada das buscas, graças a uma campanha que arrecadou 422.000 dólares, dois dias depois do encerramento oficial das operações coordenadas pela polícia de Guernsey.

David Mearns, diretor da Blue Water Recoveries, a empresa privada contratada pela família do atacante argentino para dar continuidade à busca submarina e que localizou o avião, disse que sem a campanha de arrecadação "ninguém teria procurado a aeronave".

Também disse que era "imperativo" recuperar o corpo.

"Quando se trata de um cadáver, o tempo é curto. É então imperativo que prossigam na recuperação do avião e do corpo", afirmou

A família de Sala perdeu as esperanças de encontrar o jogador vivo, afirmou o pai do atleta, Horacio.

A morte do jogador, que não estreou pelo novo clube, pode iniciar uma disputa.

Uma fonte próxima ao clube francês informou na quarta-feira que o Nantes solicitou a dois advogados que estudem os recursos legais possíveis para obrigar o Cardiff a pagar o valor da transferência.

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