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Coronavírus: Coreia do Norte se declara em alerta após 1° caso

"Parece que o vírus vicioso entrou no país", disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de acordo com a agência oficial de notícias KCNA.

Pyongyang, capital da Coreia do Norte: Kim Jong-un confinou a cidade de Kaesong, na fronteira entre as duas Coreias (narvikk/Getty Images)

Pyongyang, capital da Coreia do Norte: Kim Jong-un confinou a cidade de Kaesong, na fronteira entre as duas Coreias (narvikk/Getty Images)

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AFP

Publicado em 26 de julho de 2020 às 09h25.

Última atualização em 26 de julho de 2020 às 09h31.

O mundo passou de 16 milhões de infecções confirmadas por COVID-19 neste domingo (26), metade delas no continente americano e, como imagem simbólica dessa pandemia que não conhece fronteiras, a Coreia do Norte anunciou um primeiro caso "suspeito". Desde o início de julho, os contágios confirmados aumentaram vertiginosamente e já superam os cinco milhões de novos casos, ou seja, quase um terço do total registrado desde dezembro.

Além disso, a pandemia também deixa mais de 645.000 mortos e várias conseqüências econômicas e sociais. "Parece que o vírus vicioso entrou no país", disse o líder norte-coreano, Kim Jong-un, de acordo com a agência oficial de notícias KCNA.

A agência informou que as suspeitas se dirigem para uma pessoa que fugiu do país há três anos e "voltou em 19 de julho, após cruzar ilegalmente", e provavelmente nadando, a separação entre as duas Coreias.

O líder de Pyongyang tomou "medidas de emergência" e confinou a cidade de Kaesong, na fronteira entre as duas Coreias, onde este homem teria sido localizado. A situação pode levar a uma "catástrofe", disse a KCNA, já que a infraestrutura do sistema de saúde norte-coreano é muito deficiente para enfrentar uma epidemia dessa magnitude.

Bolsonaro passeia

"Nenhum país está livre", afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no sábado (25).  Nos Estados Unidos, o país mais atingido, com mais de 146.000 mortes e mais de quatro milhões de casos, a pandemia não recua. Agora, as regiões mais afetadas são os estados do sul e oeste do país, incluindo o Texas, que a partir de domingo também enfrenta a tempestade tropical Hanna.

Na América Latina e no Caribe, onde os casos ultrapassam 4,2 milhões e o número de óbitos está perto de 180.000, o Brasil concentra 2,4 milhões dessas infecções e mais de 86.000 mortes.

No sábado, a prefeitura do Rio de Janeiro esclareceu que está buscando um modelo alternativo para sua famosa festa de Réveillon, que atrai milhões de pessoas à praia de Copacabana, para adaptá-lo à "nova realidade da pandemia". Uma autoridade da Riotur, a agência de turismo do município, admitiu à AFP que "não há grandes motivos para celebrar" neste contexto, mas que se deseja dar à celebração "uma perspectiva de esperança".

Em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro deu um passeio, visitou algumas lojas e conversou com apoiadores, após confirmar que era negativo para a COVID-19, diagnosticada em 7 de julho.  "Não senti nada, nem mesmo no começo. Se não tivesse sido testado, nem saberia que estava infectado com o vírus", disse o presidente aos apoiadores, segundo vídeos reproduzidos na imprensa brasileira. Bolsonaro sempre minimizou o impacto dessa pandemia, o que lhe valeu muitas críticas.

Outros países da região, como Peru, ou Chile, iniciam um desconfinamento progressivo. Ontem, o Chile anunciou que o país passou de 13.000 mortes por coronavírus, incluindo casos prováveis, mas, no momento, as autoridades destacam que os números continuam em queda. E o Equador, com mais de 80.000 casos relatados, estendeu até meados de agosto o estado de emergência em vigor desde março para conter o vírus.

"Espanha é um país seguro"

Na Europa, a Espanha é um dos países que mais preocupam, devido aos novos focos registrados nos últimos dias. Neste domingo, seu governo garantiu que a situação "está controlada", em resposta às restrições impostas no Reino Unido e na Noruega para quem chegar deste país e à recomendação da França de se evitar a Catalunha (nordeste).

"O governo da Espanha considera que a situação está controlada. Os focos estão localizados, foram isolados e controlados (...) A Espanha é um país seguro", conforme fontes do Ministério das Relações Exteriores.

Várias regiões da Espanha, onde há pelo menos 280 focos ativos de COVID-19 e os casos diários registrados triplicaram nos últimos dias, aumentaram suas restrições. Um dos países mais atingidos pela pandemia, a Espanha acumula oficialmente mais de 28.400 mortes e 272.400 infecções. Em outras partes da Europa, um continente com mais de três milhões de casos de contágio e 207.000 mortes, a situação também desperta preocupação.

Na França, por exemplo, a carga viral está "aumentando", segundo as autoridades de saúde. Muitos países já tornaram obrigatório o uso de máscara para aliviar os contágios. Fora das fronteiras da Europa, na Austrália, país cuja gestão da pandemia foi altamente elogiada, houve dez mortes e um aumento de casos neste domingo, sobretudo no estado de Victoria, no sudeste do país.

Na Coreia do Sul, também houve um aumento significativo de infecções: 113 no sábado, incluindo 86 pessoas procedentes do exterior.

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