O líder norte-coreano, Kim Jong-Un: regime anunciou no dia 9 em seus meios de comunicação que conseguiu lançar "com sucesso" seu primeiro SLBM (AFP)
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2015 às 08h09.
Seul - O governo da Coreia do Sul solicitou nesta terça-feira à ONU que tome medidas em relação ao que teria sido o primeiro lançamento de um míssil balístico desde um submarino por parte da Coreia do Norte, ao considerar que viola resoluções do Conselho de Segurança.
Seul se dirigiu por carta ao Comitê de Sanções da Coreia do Norte do Conselho de Segurança para solicitar que aborde o assunto, segundo indicou hoje em entrevista coletiva na capital sul-coreana um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores.
O governo acredita que após enviar a carta à ONU, serão "realizadas consultas no seio do comitê de sanções do Conselho de Segurança" orientadas a decidir possíveis medidas de resposta à recente ação norte-coreana.
O regime de Kim Jong-un anunciou no dia 9 em seus meios de comunicação estatais que conseguiu lançar "com sucesso" à superfície seu primeiro SLBM (sigla em inglês de "míssil balístico lançado desde um submarino") e publicou fotografias sobre a operação.
Se a Coreia do Norte desdobrasse mísseis deste tipo, geraria uma perigosa ameaça adicional para Coreia do Sul, porque estes projéteis são difíceis de interceptar e poderiam levar ogivas nucleares.
Em qualquer caso, vários especialistas colocaram em dúvida que se tratasse de um verdadeiro lançamento de SLBM, já que requer técnicas muito avançadas.
Coreia do Sul e Estados Unidos, por sua parte, consideram que se tratou de um lançamento real desde um submarino e anunciaram que tomariam medidas, como neste caso fez Seul ao se dirigir à ONU de forma unilateral e sem consultar seu parceiro americano, segundo destacou o porta-voz de Relações Exteriores.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas impôs sanções em várias ocasiões à Coreia do Norte por seus testes nucleares e de mísseis, e várias de suas resoluções proíbem explicitamente o regime de Kim de realizar lançamentos de projéteis balísticos. EFE