Smartphone: segundo dados oficiais, os crimes desta índole no país aumentaram de 10.189 em 2000 para 20.189 em 2011. (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Seul - O Governo da Coreia do Sul anunciou nesta terça-feira que colocará à disposição dos cidadãos, através de smartphones, os endereços de pessoas condenadas por delitos sexuais, em uma nova tentantiva de combater o aumento deste tipo de crime.
Desde 2011, o Governo envia aos lares onde há menores de 19 anos cartas nas quais figuram nome, idade, direção, matrícula do veículo e outros dados pessoais de estupradores e pedófilos condenados que residem em áreas próximas.
Mediante a entrada em vigor de uma nova lei no próximo dia 19 de junho, o Governo fará com que esses dados sejam acessíveis através de um dispositivo móvel para aquelas pessoas que solicitarem, indicaram fontes do Ministério da Família citadas pela agência local 'Yonhap'.
A lei é parte de um plano de ação em matéria de mulher e igualdade que foi aprovado hoje em reunião do Executivo presidida pelo primeiro-ministro, Chung Hong-won.
A informação será acessível através destes telefones inteligentes a partir de 2014, explicaram porta-vozes do Ministério, que acrescentaram que também serão fornecidos dados como, por exemplo, se a pessoa é reincidente ou se usa tornozeleira eletrônica, que é aplicada em condenados por pedofilia ou que cometeram mais de um crime sexual.
Segundo dados oficiais, os crimes desta índole no país aumentaram de 10.189 em 2000 para 20.189 em 2011, dos quais 9.115 (ou 45%) foram cometidos por reincidentes.
Apesar das críticas recebidas por alguns setores que consideram que estão sendo atropelados alguns direitos de privacidade com a publicação destes dados pessoais, o Governo não quis dar marcha ré neste sentido.
Em 2011, também foi aprovada a castração química, pena que foi aplicada pela primeira vez a um condenado reincidente no início deste ano.
A Coreia do Sul foi o primeiro país da Ásia a colocar em prática esse tipo de pena, após anos de implementação em países como a Alemanha, Dinamarca, Suíça, Polônia e no Estado da Califórnia, nos EUA.