Cúpula: o governo sul-coreano considera que a desnuclearização é "o assunto mais urgente" (Issei Kato/Reuters)
EFE
Publicado em 11 de abril de 2018 às 06h28.
Seul - O governo da Coreia do Sul afirmou, nesta quarta-feira, que o tema dos direitos humanos não será tratado na cúpula com Pyongyang que será realizada no final do mês, já que a agenda desta reunião será a desnuclearização do Norte.
Desta forma, Seul descartou que a situação dos direitos humanos no país vizinho seja discutida entre o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un, indo contra a reivindicação feita ontem por mais de 40 ONGs de todo o mundo, entre elas Anistia Internacional (AI) e Human Rights Watch (HRW).
O governo sul-coreano considera que a desnuclearização é "o assunto mais urgente" a ser tratado na cúpula, segundo disse um alto funcionário do gabinete presidencial em entrevista à agência local "Yonhap".
A mesma fonte afirmou que a questão dos direitos humanos também é considerada "importante" por Seul, embora tenha decidido priorizar a desnuclearização e estabelecimento da paz na península coreana.
Em carta enviada a Moon na véspera, ONGs internacionais exigiram que as conversas do próximo dia 27 conduzam a uma melhoria na "terrível situação dos direitos humanos no país".
Por sua vez, a Casa Branca contempla que a questão dos direitos humanos seja discutido na outra cúpula prevista para o final de maio, entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Kim Jong-un.