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Coreia do Norte suspende negociação com UE

Coreia do Norte suspendeu as conversas com o principal defensor de uma resolução na ONU que busca levar o país a responder no Tribunal Penal Internacional

Kim Jong-Un: ONU concluiu que os chefes dos serviços de segurança e possivelmente até Kim Jong Un, deveriam enfrentar a Justiça internacional (KCNA/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2014 às 08h47.

Nações Unidas/Seul - A Coreia do Norte suspendeu as conversas com o principal defensor de uma resolução na ONU que busca levar o país a responder no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

Em um comunicado datado de 30 de outubro e enviado a Estados membros da Organização das Nações Unidas, a missão da Coreia do Norte na ONU disse ter suspendido as conversas com a União Europeia sobre a resolução.

Uma investigação da ONU concluiu em um relatório de 17 de fevereiro que os chefes dos serviços de segurança da Coreia do Norte e possivelmente até mesmo o líder supremo do país, Kim Jong Un, deveriam enfrentar a Justiça internacional por ordenarem tortura sistemática, fome e assassinatos.

“Embora não sejamos contra o diálogo e a cooperação pela promoção e proteção dos genuínos direitos humanos, nós vamos responder fortemente a qualquer tentativa de abuso de questões de direitos humanos para sabotar nosso sistema”, disse a missão da Coreia do Norte na ONU em seu comunicado, obtido pela Reuters na segunda-feira.

O país, a partir de 31 de outubro, suspendeu as “consultas gerais” com a UE sobre a resolução, a qual tem 50 apoiadores, e alertou que todos aqueles que apoiam a medida “terão que ter responsabilidades total por todas as consequências”.

A resolução foi redigida pelos EUA e pelo Japão e deve ser adotada, já na semana que vem, por um comitê da Assembleia Geral da ONU que lida com direitos humanos.  A medida será colocada para aprovação da Assembleia Geral em dezembro, onde a expectativa é que será aprovada.

A resolução, então, iria para sanção do Conselho de Segurança, composto de 15 membros, sob a expectativa de que a China, principal apoiador da Coreia do Norte, vetaria o texto.

Apesar do esperado veto, diplomatas da Coreia do Norte, normalmente tímidos, tem buscado revidar com seu próprio e longo relatório de direitos humanos, e tentam colocar aditivos à proposta de resolução favoráveis ao histórico de Pyongyang.

Além disso, diplomatas da Coreia do Norte também se encontraram com o relator especial da ONU sobre direitos humanos no país, Marzuki Darusman, pela primeira vez, indicando que poderia permitir que ele visitasse Pyongyang caso a linguagem sobre a corte criminal fosse removida da proposta de resolução.

Eles também disseram a Estados membros da ONU que considerariam receber “assistência técnica” do gabinete do Alto Comissário para Direitos Humanos da ONU e travar um diálogo de direitos humanos com a UE, de acordo com o posicionamento enviado aos membros da ONU.

“Não estamos preparados para fazer este tipo de acordos”, disse um alto diplomata da ONU, falando em condição de anonimato.  Autoridades da Coreia do Norte fizeram visitas recentes à Europa e à África, vistas como uma busca de apoio diplomático para os esforços de Pyongyang sobre a resolução.

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Nações Unidas/Seul - A Coreia do Norte suspendeu as conversas com o principal defensor de uma resolução na ONU que busca levar o país a responder no Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade.

Em um comunicado datado de 30 de outubro e enviado a Estados membros da Organização das Nações Unidas, a missão da Coreia do Norte na ONU disse ter suspendido as conversas com a União Europeia sobre a resolução.

Uma investigação da ONU concluiu em um relatório de 17 de fevereiro que os chefes dos serviços de segurança da Coreia do Norte e possivelmente até mesmo o líder supremo do país, Kim Jong Un, deveriam enfrentar a Justiça internacional por ordenarem tortura sistemática, fome e assassinatos.

“Embora não sejamos contra o diálogo e a cooperação pela promoção e proteção dos genuínos direitos humanos, nós vamos responder fortemente a qualquer tentativa de abuso de questões de direitos humanos para sabotar nosso sistema”, disse a missão da Coreia do Norte na ONU em seu comunicado, obtido pela Reuters na segunda-feira.

O país, a partir de 31 de outubro, suspendeu as “consultas gerais” com a UE sobre a resolução, a qual tem 50 apoiadores, e alertou que todos aqueles que apoiam a medida “terão que ter responsabilidades total por todas as consequências”.

A resolução foi redigida pelos EUA e pelo Japão e deve ser adotada, já na semana que vem, por um comitê da Assembleia Geral da ONU que lida com direitos humanos.  A medida será colocada para aprovação da Assembleia Geral em dezembro, onde a expectativa é que será aprovada.

A resolução, então, iria para sanção do Conselho de Segurança, composto de 15 membros, sob a expectativa de que a China, principal apoiador da Coreia do Norte, vetaria o texto.

Apesar do esperado veto, diplomatas da Coreia do Norte, normalmente tímidos, tem buscado revidar com seu próprio e longo relatório de direitos humanos, e tentam colocar aditivos à proposta de resolução favoráveis ao histórico de Pyongyang.

Além disso, diplomatas da Coreia do Norte também se encontraram com o relator especial da ONU sobre direitos humanos no país, Marzuki Darusman, pela primeira vez, indicando que poderia permitir que ele visitasse Pyongyang caso a linguagem sobre a corte criminal fosse removida da proposta de resolução.

Eles também disseram a Estados membros da ONU que considerariam receber “assistência técnica” do gabinete do Alto Comissário para Direitos Humanos da ONU e travar um diálogo de direitos humanos com a UE, de acordo com o posicionamento enviado aos membros da ONU.

“Não estamos preparados para fazer este tipo de acordos”, disse um alto diplomata da ONU, falando em condição de anonimato.  Autoridades da Coreia do Norte fizeram visitas recentes à Europa e à África, vistas como uma busca de apoio diplomático para os esforços de Pyongyang sobre a resolução.

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