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Coreia do Norte perde 'querido líder' e prepara sua sucessão

Kim Jong-il governava o país desde 1994, quando seu pai e fundador do regime, Kim Il-sung, faleceu, também de um infarto

O filho mais novo do falecido líder, Kim Jong-un, prepara-se para tomar o comando de um sistema comunista baseado desde sua origem, em 1948, na doutrina idealizada por seu avô (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2011 às 09h43.

Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira a morte de seu 'querido líder', Kim Jong-il, que dirigiu por 17 anos o país mais fechado do mundo e será sucedido por seu filho mais novo, Kim Jong-un.

Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana (KCNA), a causa da morte de Kim Jong-il, aos 69 anos, foi um ataque cardíaco provocado por sua 'fadiga física e mental' durante uma viagem em trem fora da capital, Pyongyang, na manhã de sábado.

O 'querido líder', sobrenome de Kim Jong-il utilizado para promover o culto à sua pessoa na Coreia do Norte, governava o país desde 1994, quando seu pai e fundador do regime, Kim Il-sung, faleceu, também de um infarto, aos 82 anos.

O corpo de Kim descansará junto ao de seu pai no Palácio Memorial de Kumsusan, um dos pontos emblemáticos da Coreia do Norte, após o funeral de Estado que acontecerá em Pyongyang no dia 28. As autoridades norte-coreanas decretaram, além disso, luto em todo o país desde o sábado, dia da morte de Kim, até o próximo dia 29.

O filho mais novo do falecido líder, Kim Jong-un, que teria nascido em 1983 (não há confirmação oficial da data), prepara-se para tomar o comando de um sistema comunista baseado desde sua origem, em 1948, na doutrina idealizada por seu avô. Ela apela para a autodeterminação e a soberania de um povo coreano livre de ingerências estrangeiras.

Kim Jong-un, que segundo informações divulgadas hoje pela KCNA tem apoio do Exército e dos cidadãos para ficar com o poder, vinha ganhando funções importantes no governo desde 2008, quando o estado de saúde de seu pai piorou notavelmente após sofrer uma apoplexia, o que despertou, entre as elites norte-coreanas, preocupação pela continuidade do regime.


Desde então o jovem alcançou a categoria de general de quatro estrelas no Exército norte-coreano e obteve o cargo de vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, o que, junto com suas aparições públicas junto a Kim Jong-il, permitiram a ele ganhar legitimidade como sucessor.

A morte do líder supremo norte-coreano ocorre em um momento marcado pela melhora nas relações entre as duas Coreias após a crise vivida em 2010, quando Pyongyang supostamente atacou um navio do país vizinho e abriu fogo contra a ilha de Yeonpyeong, dois eventos que deixaram 50 mortos sul-coreanos.

Estes fatos levaram o governo sul-coreano a cortar relações com a Coreia do Norte até este ano, quando ambas as partes começaram a estreitar os laços.

As Coreias e Estados Unidos tiveram desde então vários encontros para retomar as conversas de seis lados, processo orientado a deter as ambições nucleares norte-coreanas do qual também participam China, Rússia e Japão, e que permanece estagnado desde 2008.

Após o anúncio da morte de Kim Jong-il, uma autoridade do governo sul-coreano revelou à agência local Yonhap que a próxima reunião entre Coreia do Norte e EUA, programada para esta semana em Pequim, provavelmente será cancelada.

Enquanto isso, as ruas de Pyongyang viviam um clima de grande pesar pela morte de Kim, com muitas lojas fechadas e pessoas carregando retratos do líder e chorando a perda do líder. Na vizinha Coreia do Sul, houve um misto de surpresa e expectativa, e muitas pessoas acompanham atentamente as notícias na TV e na internet.

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Seul - A Coreia do Norte anunciou nesta segunda-feira a morte de seu 'querido líder', Kim Jong-il, que dirigiu por 17 anos o país mais fechado do mundo e será sucedido por seu filho mais novo, Kim Jong-un.

Segundo a agência de notícias estatal norte-coreana (KCNA), a causa da morte de Kim Jong-il, aos 69 anos, foi um ataque cardíaco provocado por sua 'fadiga física e mental' durante uma viagem em trem fora da capital, Pyongyang, na manhã de sábado.

O 'querido líder', sobrenome de Kim Jong-il utilizado para promover o culto à sua pessoa na Coreia do Norte, governava o país desde 1994, quando seu pai e fundador do regime, Kim Il-sung, faleceu, também de um infarto, aos 82 anos.

O corpo de Kim descansará junto ao de seu pai no Palácio Memorial de Kumsusan, um dos pontos emblemáticos da Coreia do Norte, após o funeral de Estado que acontecerá em Pyongyang no dia 28. As autoridades norte-coreanas decretaram, além disso, luto em todo o país desde o sábado, dia da morte de Kim, até o próximo dia 29.

O filho mais novo do falecido líder, Kim Jong-un, que teria nascido em 1983 (não há confirmação oficial da data), prepara-se para tomar o comando de um sistema comunista baseado desde sua origem, em 1948, na doutrina idealizada por seu avô. Ela apela para a autodeterminação e a soberania de um povo coreano livre de ingerências estrangeiras.

Kim Jong-un, que segundo informações divulgadas hoje pela KCNA tem apoio do Exército e dos cidadãos para ficar com o poder, vinha ganhando funções importantes no governo desde 2008, quando o estado de saúde de seu pai piorou notavelmente após sofrer uma apoplexia, o que despertou, entre as elites norte-coreanas, preocupação pela continuidade do regime.


Desde então o jovem alcançou a categoria de general de quatro estrelas no Exército norte-coreano e obteve o cargo de vice-presidente da Comissão Militar Central do Partido dos Trabalhadores, o que, junto com suas aparições públicas junto a Kim Jong-il, permitiram a ele ganhar legitimidade como sucessor.

A morte do líder supremo norte-coreano ocorre em um momento marcado pela melhora nas relações entre as duas Coreias após a crise vivida em 2010, quando Pyongyang supostamente atacou um navio do país vizinho e abriu fogo contra a ilha de Yeonpyeong, dois eventos que deixaram 50 mortos sul-coreanos.

Estes fatos levaram o governo sul-coreano a cortar relações com a Coreia do Norte até este ano, quando ambas as partes começaram a estreitar os laços.

As Coreias e Estados Unidos tiveram desde então vários encontros para retomar as conversas de seis lados, processo orientado a deter as ambições nucleares norte-coreanas do qual também participam China, Rússia e Japão, e que permanece estagnado desde 2008.

Após o anúncio da morte de Kim Jong-il, uma autoridade do governo sul-coreano revelou à agência local Yonhap que a próxima reunião entre Coreia do Norte e EUA, programada para esta semana em Pequim, provavelmente será cancelada.

Enquanto isso, as ruas de Pyongyang viviam um clima de grande pesar pela morte de Kim, com muitas lojas fechadas e pessoas carregando retratos do líder e chorando a perda do líder. Na vizinha Coreia do Sul, houve um misto de surpresa e expectativa, e muitas pessoas acompanham atentamente as notícias na TV e na internet.

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