Mundo

Coreia do Norte opera nova usina nuclear, segundo analistas

O Instituto Johns Hopkins já anunciou em setembro que o regime de Kim Jong-un havia reiniciado a atividade de seu reator nuclear de Yongbyon


	Centro de Pesquisa Nuclear em Yongbyon: fotografias mostram instalações no centro que forneceriam combustível ao reator principal de 5 megawatts, segundo especialistas
 (Wikimedia Commons)

Centro de Pesquisa Nuclear em Yongbyon: fotografias mostram instalações no centro que forneceriam combustível ao reator principal de 5 megawatts, segundo especialistas (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2013 às 07h51.

Seul - A Coreia do Norte está operando uma nova usina de fabricação de combustível nuclear, segundo imagens por satélite divulgadas nesta terça-feira por analistas americanos, o que sugere um grande avanço no programa atômico do país.

As fotografias mostram instalações no Centro de Pesquisa Nuclear de Yongbyon (100 quilômetros ao norte de Pyongyang) que estariam destinadas a fornecer combustível ao reator principal de 5 megawatts, de acordo com especialistas do site 38north.org, associado ao Instituto Johns Hopkins dos Estados Unidos.

"A disponibilidade de combustível é um fator-chave para que a Coreia do Norte possa operar estas instalações", explicou este site dedicado a estudos sobre o país comunista.

O Instituto Johns Hopkins já anunciou em setembro que o regime de Kim Jong-un havia reiniciado a atividade de seu reator nuclear de Yongbyon.

Este reator de cinco megawatts é capaz, segundo os analistas, de produzir até seis quilogramas ao ano de plutônio, material que pode ser utilizado por Pyongyang para aumentar o volume de seu arsenal de armas nucleares.

As instalações de Yongbyon foram enclausuradas em 2007 em virtude de um acordo assinado no marco de um diálogo de seis lados para a desnuclearização do país comunista.

No entanto, em 2008, a Coreia do Norte abandonou este processo de negociações - que também envolvida Coreia do Sul, EUA, China, Japão e Rússia - e desde então mostrou avanços em seu programa nuclear.

Este ano, após as sanções impostas em março pela ONU à Coreia do Norte por seu teste nuclear do mês anterior, o regime de Kim Jong-un endureceu ainda mais sua postura e anunciou que sua política de defesa teria como estratégia principal o desenvolvimento de armas atômicas.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCombustíveisCoreia do NorteUsinas nucleares

Mais de Mundo

Governo de Bangladesh restaura internet após protestos

Israel promete ‘revanche’ contra Hezbollah após foguete matar 12 em campo de futebol

'Farei com que se respeite o resultado eleitoral', diz Maduro após votar em Caracas

Maduro pede desculpas por impedir entrada de ex-mandatários que observariam eleições

Mais na Exame