Coreia do Norte insulta juiz que denunciou abusos do regime
A Coreia do Norte insultou presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre o país, que denunciou as violações de direitos humanos de Pyongyang
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2014 às 11h03.
Seul - A Coreia do Norte insultou nesta quarta-feira Michael Kirby, presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre o país, que foi chamado de "velho luxurioso" em um incomum ataque ao magistrado que denunciou as violações de direitos humanos de Pyongyang.
Kirby "é um velho luxurioso que ficou famoso por casos de homossexualismo durante mais de 40 anos e agora, embora tenha mais de 70 anos de idade, está impaciente para se casar com outro homossexual", disse a agência estatal norte-coreano "KCNA" em comunicado de sua página em espanhol.
O juiz australiano, que reconhece abertamente seu homossexualismo, reiterou na sexta-feira passada seu pedido ao Conselho de Segurança da ONU de remeter ao Tribunal Penal Internacional (TPI) os abusos aos direitos humanos da Coreia do Norte revelados no último relatório da Comissão que preside.
Em seu ataque a Kirby, o regime de Kim Jong-un mostrou seu lado mais conservador ao afirmar que um "pássaro" como ele "não pode existir na RPDC, onde reinam a ideia sã e a ética nobre".
Sobre o relatório apresentado em fevereiro pela Comissão, o comunicado norte-coreano o considera "inventado" para favorecer os interesses dos EUA e criticou que tenha sido redigido sobre os testemunhos de refugiados norte-coreanos no exterior "sem comprovar sua veracidade".
O relatório denuncia que na Coreia do Norte ocorrem "extermínio, assassinato, escravidão, desaparições, execuções sumárias, torturas, violência sexual, abortos forçados, privação de alimentos, deslocamentos forçados de população e perseguições por motivos políticos, religiosos ou de gênero".
A Comissão de Investigação da ONU, que não conseguiu entrar no país para examinar a situação de primeira mão, redigiu o documento a partir de 240 testemunhos diretos de vítimas e testemunhas, entre eles 80 sobreviventes destes campos de trabalho conhecidos como "kwanliso".
Entre 80 mil e 120 mil prisioneiros políticos, segundo o relatório, permanecem atualmente reclusos em quatro grandes campos de trabalho onde são privados de alimentos como forma de controle e castigo, e submetidos a trabalhos forçados.
Kirby solicitou em várias ocasiões que o caso seja levado perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) ao assegurar que o texto apresenta provas suficientes.
Como a Coreia do Norte não é país signatário do Estatuto de Roma, este tribunal não pode iniciar uma investigação até que seja requerida pelo Conselho de Segurança da ONU, algo que por enquanto é impossível devido ao veto da China, principal aliado do regime de Kim Jong-un.
Seul - A Coreia do Norte insultou nesta quarta-feira Michael Kirby, presidente da Comissão de Investigação da ONU sobre o país, que foi chamado de "velho luxurioso" em um incomum ataque ao magistrado que denunciou as violações de direitos humanos de Pyongyang.
Kirby "é um velho luxurioso que ficou famoso por casos de homossexualismo durante mais de 40 anos e agora, embora tenha mais de 70 anos de idade, está impaciente para se casar com outro homossexual", disse a agência estatal norte-coreano "KCNA" em comunicado de sua página em espanhol.
O juiz australiano, que reconhece abertamente seu homossexualismo, reiterou na sexta-feira passada seu pedido ao Conselho de Segurança da ONU de remeter ao Tribunal Penal Internacional (TPI) os abusos aos direitos humanos da Coreia do Norte revelados no último relatório da Comissão que preside.
Em seu ataque a Kirby, o regime de Kim Jong-un mostrou seu lado mais conservador ao afirmar que um "pássaro" como ele "não pode existir na RPDC, onde reinam a ideia sã e a ética nobre".
Sobre o relatório apresentado em fevereiro pela Comissão, o comunicado norte-coreano o considera "inventado" para favorecer os interesses dos EUA e criticou que tenha sido redigido sobre os testemunhos de refugiados norte-coreanos no exterior "sem comprovar sua veracidade".
O relatório denuncia que na Coreia do Norte ocorrem "extermínio, assassinato, escravidão, desaparições, execuções sumárias, torturas, violência sexual, abortos forçados, privação de alimentos, deslocamentos forçados de população e perseguições por motivos políticos, religiosos ou de gênero".
A Comissão de Investigação da ONU, que não conseguiu entrar no país para examinar a situação de primeira mão, redigiu o documento a partir de 240 testemunhos diretos de vítimas e testemunhas, entre eles 80 sobreviventes destes campos de trabalho conhecidos como "kwanliso".
Entre 80 mil e 120 mil prisioneiros políticos, segundo o relatório, permanecem atualmente reclusos em quatro grandes campos de trabalho onde são privados de alimentos como forma de controle e castigo, e submetidos a trabalhos forçados.
Kirby solicitou em várias ocasiões que o caso seja levado perante o Tribunal Penal Internacional (TPI) ao assegurar que o texto apresenta provas suficientes.
Como a Coreia do Norte não é país signatário do Estatuto de Roma, este tribunal não pode iniciar uma investigação até que seja requerida pelo Conselho de Segurança da ONU, algo que por enquanto é impossível devido ao veto da China, principal aliado do regime de Kim Jong-un.