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Coreia do Norte ameaça retomar testes nucleares

Kim Jong-un presidiu a reunião que tratou das "medidas frente aos Estados Unidos para o futuro"

 (FP PHOTO/KCNA VIA KNS/AFP)

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AFP

Publicado em 20 de janeiro de 2022 às 09h27.

Última atualização em 20 de janeiro de 2022 às 09h27.

A Coreia do Norte mencionou nesta quinta-feira, 20, uma possível retomada de seus testes nucleares e de mísseis de longo alcance, durante uma reunião do escritório político liderado por Kim Jong Un, informou a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA. 

A reunião do escritório político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores "ordenou ao setor responsável que considere rapidamente a questão da retomada" de todas as atividades temporariamente suspensas, informou a KCNA, referindo-se aos programas nuclear e de mísseis de longo alcance de Pyongyang. "A política hostil e a ameaça militar dos Estados Unidos atingiram uma linha de perigo que não pode ser ignorada."

Kim presidiu a reunião do partido, na qual foi apresentado um relatório que analisa as condições na península coreana e aborda "a direção das contra medidas frente aos Estados Unidos para o futuro".

O líder norte-coreano havia decretado uma moratória dos testes de mísseis nucleares e intercontinentais em 2018, mas ameaçou suspendê-la depois que as negociações com o então presidente Donald Trump fracassaram em 2019. O país reativou seu programa de armamentos, com vários testes em setembro e outros quatro em 2022, que incluem lançamentos de mísseis hipersônicos.

Enquanto o regime rejeita as ofertas de diálogo feitas pelo governo de Joe Biden, Kim reafirmou no mês passado seu compromisso com a modernização militar, em discurso ao seu partido. A proliferação de testes de armas levou os Estados Unidos a impor novas sanções ao país asiático, mas Pyongyang respondeu alegando seu “direito legítimo” de se defender e com novos testes.

A agência oficial KCNA destacou que o escritório político concordou por unanimidade em realizar "uma preparação mais exaustiva para um confronto a longo prazo com os imperialistas americanos", bem como em aumentar a "fortaleza física para a defesa".

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