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Coreia do Norte alerta EUA sobre envio de "presentes" após teste

Norte-coreanos fizeram ameaças aos EUA em caso de continuar realizando "provocações temerárias" e tentar aplicar pressões em forma de sanção

Han Tae-Song: "as recentes medidas de autodefesa do meu país são um pacote de presentes dirigido a ninguém mais do que os Estados Unidos" (Denis Balibouse/Reuters)

Han Tae-Song: "as recentes medidas de autodefesa do meu país são um pacote de presentes dirigido a ninguém mais do que os Estados Unidos" (Denis Balibouse/Reuters)

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EFE

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 12h58.

Genebra - A Coreia do Norte alertou os Estados Unidos nesta terça-feira que o país receberá mais "pacotes de presentes" se seguir realizando "provocações temerárias" e tentar aplicar pressões em forma de sanção contra o governo de Pyongyang.

"As recentes medidas de autodefesa do meu país são um pacote de presentes dirigido a ninguém mais do que os Estados Unidos. Os Estados Unidos receberão mais pacotes de presentes do meu país enquanto realizar provocações temerárias e mantiver a inútil tentativa de pressionar a Coreia do Norte", afirmou o embaixador norte-coreano na Conferência de Desarmamento da ONU, Han Tae-Song.

Han se disse orgulhoso de poder afirmar que há apenas três dias a Coreia do Norte tinha realizado com sucesso o teste de uma bomba de hidrogênio para ser usado em um míssil balístico, processo de seria parte de um plano para construir uma força nuclear estratégica.

"Todas as medidas militares que tomamos constituem um exercício legítimo e justo para a autodefesa de um Estado soberano para fazer frente à cada vez maior ameaça nuclear e à política hostil de isolar e desestabilizar a Coreia do Norte", afirmou o diplomata.

"Em vez de reconhecer meu país como um Estado e avançar para uma coexistência pacífica, os Estados Unidos fazem provocações não relacionadas com o objetivo de efetuar um ataque nuclear preventivo contra o meu país", afirmou Han.

O embaixador reiterou as críticas às resoluções adotadas no Conselho de Segurança da ONU para impor sanções à Coreia do Norte.

"A pressão e as sanções jamais funcionarão. Não recuaremos um milímetro se não for eliminada completamente a política hostil e a ameaça nuclear dos Estados Unidos contra o meu país", ressaltou.

O embaixador americano na Conferência de Desarmamento, Robert Wood, afirmou que o regime da Coreia do Norte não tem nenhum interesse em dialogar e mantém o programa de mísseis balísticos.

"Para responder a esse sério desafio, temos que fazer agora tudo o que possamos para afundá-los no isolamento diplomático e econômico", disse o diplomata.

"Agora é o momento de dizer ao regime que as provocações, as ameaças e as ações desestabilizadoras não serão mais toleradas", acrescentou Wood durante discurso.

Além disso, o embaixador americano pediu aos países que têm relações com a Coreia do Norte que pensem sobre a "perigosa atitude" de Kim Jong-un e que avaliem se as relações comerciais com Pyongyang facilitam o desenvolvimento militar do regime.

Wood também solicitou aos países que cooperam militarmente com a Coreia do Norte que se questionem por que ajudam um regime que ameaça atacar seus vizinhos sem que estes não tenham "feito nada".

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