Mundo

Coreia do Norte afirma que tem 4 mísseis para atacar Guam

Coreia do Norte afirmou que os mísseis estão preparados e apontados para serem lançados após a ordem do líder Kim Jong-un

Coreia do Norte: disse em que pretende lançar mísseis em meados de agosto (Kim Hong-Ji/Reuters)

Coreia do Norte: disse em que pretende lançar mísseis em meados de agosto (Kim Hong-Ji/Reuters)

E

EFE

Publicado em 10 de agosto de 2017 às 06h31.

Seul - A Coreia do Norte repetiu nesta quinta-feira sua ameaça de atacar as bases americanas na ilha de Guam, e afirmou que tem quatro mísseis de alcance médio preparados e apontados nessa direção para serem lançados após a ordem do líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O exército norte-coreano "está examinando seriamente o plano" para executar um ataque com quatro mísseis Hwasong-12 de categoria média contra Guam para enviar "um forte sinal de advertência aos Estados Unidos", informou a agência estatal norte-coreana "KCNA" em um comunicado.

Este plano "será finalizado em meados de agosto e será reportado ao comandante-em-chefe (Kim Jong-un) das forças nucleares da DPRK (sigla em inglês de República Democrática Popular da Coréia, nome oficial do país) para esperar suas ordens", afirmou o comandante das Forças Estratégicas norte-coreanas, Kim Rak-Gyom.

Esta unidade do Exército Popular da Coreia é a responsável operacional do programa de mísseis de Pyongyang.

"Os mísseis Hwasong-12 cruzarão o céu sobre as províncias japonesas de Shimane, Hiroshima e Koichi (no oeste do arquipélago) e percorrerão 3.356,7 quilômetros durante 1.065 segundos (quase 18 minutos) antes de impactar as águas cerca de 30 ou 40 quilômetros de Guam", detalhou o exército norte-coreano na nota.

Pyongyang manteve assim sua queda de braço dialética com Washington, depois que na véspera a tensão entre os dois países aumentou com a ameaça por parte da Coreia do Norte de atacar Guam após a advertência lançada pelo presidente americano Donald Trump.

Trump disse na terça-feira que o país asiático "vai se deparar com fúria e fogo jamais vistos no mundo" se não deixar de ameaçar os EUA e, após a resposta norte-coreana, o Pentágono decidiu enviar dois bombardeiros estratégicos B-1B (estacionados em Guam) para as proximidades da Península Coreana.

No comunicado de hoje, o militar do alto escalão norte-coreano acusa o presidente americano de "disparar um montão de bobagens", e de "não ser capaz de entender a gravidade da situação".

"O diálogo sensato não é possível com uma pessoa como esta, desprovida de razão, e apenas a força bruta pode funcionar com ele", opinou Kim Rak-Gyom sobre Trump.

A Coreia do Norte "continuará observando atenciosamente as declarações e o comportamento dos Estados Unidos", acrescentou Pyongyang na nota.

 

Acompanhe tudo sobre:Coreia do NorteCoreia do SulDonald TrumpEstados Unidos (EUA)Kim Jong-unTestes nucleares

Mais de Mundo

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA

Refugiados sírios tentam voltar para casa, mas ONU alerta para retorno em larga escala

Panamá repudia ameaça de Trump de retomar o controle do Canal