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Familiares de mortos em navio sul-coreano protestam

Pais fizeram uma passeata até o palácio presidencial, onde exigiram se encontrar com o presidente Park Geun-hye

Mergulhadores buscam corpos das vítimas do naufrágio no navio Sewol, na Coreia do Sul (REUTERS/South Korean Navy/Yonhap)
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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 21h37.

Seul/Incheon - Pais das crianças mortas no naufrágio de um navio no mês passado na Coreia do Sul fizeram uma passeata até o palácio presidencial nas primeiras horas da sexta-feira (horário local), onde exigiram se encontrar com o presidente Park Geun-hye.

Levando fotos de seus filhos, familiares enlutados foram impedidos pelo batalhão de choque de se aproximar do palácio, e ao invés disso se sentaram na rua, onde choraram e gritaram de raiva.

"Ouça-nos, presidente Park. Só nos dê dez segundos!", disse um familiar usando um sistema de som portátil. "Por que está bloqueando o caminho?", perguntou outro. "Presidente Park, ouça nossas vozes!" O governo de Park tem recebido críticas contínuas dos familiares das vítimas pela maneira como lidou com o desastre, já que muitos acreditam que uma reação inicial mais rápida poderia ter salvado muito mais vidas.

Os promotores sul-coreanos pedem a prisão de membros da família proprietária da operadora do navio, e podem ainda pedir a extradição de um filho do recluso chefe da família, disse uma autoridade nesta quinta-feira.

O Sewol, que estava sobrecarregado e fez uma curva rápido demais, virou e afundou a cerca de 20 quilômetros da costa sudoeste em uma viagem de rotina de Incheon para a ilha de Jeju, matando centenas de estudantes e professores de uma escola secundária em excursão.

Somente 172 pessoas foram resgatadas, e se presume que o resto tenha se afogado. Estimados 476 passageiros e tripulantes estavam a bordo.

No entanto, parte da tripulação, incluindo o capitão, foram filmados abandonando o navio enquanto as crianças foram instruídas repetidas vezes a ficar em suas cabines, onde aguardaram novas ordens.

Novos vídeos divulgados pelas famílias na passeata mostraram estudantes rindo enquanto tentavam, em vão, escalar o piso inclinado verticalmente.

Só dois dos 35 botes salva-vidas foram acionados.

A busca por um filho e uma filha de Yoo Byung-un, o chefe da família proprietária da Chonghaejin Marine, operadora do navio, amplia a investigação criminal da tragédia. O governo também iniciou o processo de cancelamento de licenças da empresa para operar balsas.

Hyuck-ki, filho de Yoo que se acredita estar nos Estados Unidos, ignorou três intimações da promotoria, disse uma autoridade. Acredita-se que outros auxiliares de Yoo, que também ignoraram intimações, encontrem-se igualmente no exterior.

"Como é um assunto importante que atraiu atenção pública, faremos nosso melhor para garantir seu comparecimento e sua extradição forçada", declarou Kim Hoe-jong, segundo vice-promotor do serviço distrital da promotoria de Incheon.

Todos os 15 tripulantes sobreviventes, incluindo o capitão de 69 anos, foram presos e enfrentam acusações de negligência grave em meio a acusações de que abandoraram a embarcação sem realizar procedimentos de saída de emergência.

A promotoria está trabalhando com a polícia federal dos EUA (FBI) e o Departamento de Segurança Interna na possível extradição de Yoo Hyuck-ki, disse o promotor.

Quase 450 mil pessoas prestaram homenagem às vítimas em um altar montado perto da escola que muitas das crianças frequentavam.

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Seul/Incheon - Pais das crianças mortas no naufrágio de um navio no mês passado na Coreia do Sul fizeram uma passeata até o palácio presidencial nas primeiras horas da sexta-feira (horário local), onde exigiram se encontrar com o presidente Park Geun-hye.

Levando fotos de seus filhos, familiares enlutados foram impedidos pelo batalhão de choque de se aproximar do palácio, e ao invés disso se sentaram na rua, onde choraram e gritaram de raiva.

"Ouça-nos, presidente Park. Só nos dê dez segundos!", disse um familiar usando um sistema de som portátil. "Por que está bloqueando o caminho?", perguntou outro. "Presidente Park, ouça nossas vozes!" O governo de Park tem recebido críticas contínuas dos familiares das vítimas pela maneira como lidou com o desastre, já que muitos acreditam que uma reação inicial mais rápida poderia ter salvado muito mais vidas.

Os promotores sul-coreanos pedem a prisão de membros da família proprietária da operadora do navio, e podem ainda pedir a extradição de um filho do recluso chefe da família, disse uma autoridade nesta quinta-feira.

O Sewol, que estava sobrecarregado e fez uma curva rápido demais, virou e afundou a cerca de 20 quilômetros da costa sudoeste em uma viagem de rotina de Incheon para a ilha de Jeju, matando centenas de estudantes e professores de uma escola secundária em excursão.

Somente 172 pessoas foram resgatadas, e se presume que o resto tenha se afogado. Estimados 476 passageiros e tripulantes estavam a bordo.

No entanto, parte da tripulação, incluindo o capitão, foram filmados abandonando o navio enquanto as crianças foram instruídas repetidas vezes a ficar em suas cabines, onde aguardaram novas ordens.

Novos vídeos divulgados pelas famílias na passeata mostraram estudantes rindo enquanto tentavam, em vão, escalar o piso inclinado verticalmente.

Só dois dos 35 botes salva-vidas foram acionados.

A busca por um filho e uma filha de Yoo Byung-un, o chefe da família proprietária da Chonghaejin Marine, operadora do navio, amplia a investigação criminal da tragédia. O governo também iniciou o processo de cancelamento de licenças da empresa para operar balsas.

Hyuck-ki, filho de Yoo que se acredita estar nos Estados Unidos, ignorou três intimações da promotoria, disse uma autoridade. Acredita-se que outros auxiliares de Yoo, que também ignoraram intimações, encontrem-se igualmente no exterior.

"Como é um assunto importante que atraiu atenção pública, faremos nosso melhor para garantir seu comparecimento e sua extradição forçada", declarou Kim Hoe-jong, segundo vice-promotor do serviço distrital da promotoria de Incheon.

Todos os 15 tripulantes sobreviventes, incluindo o capitão de 69 anos, foram presos e enfrentam acusações de negligência grave em meio a acusações de que abandoraram a embarcação sem realizar procedimentos de saída de emergência.

A promotoria está trabalhando com a polícia federal dos EUA (FBI) e o Departamento de Segurança Interna na possível extradição de Yoo Hyuck-ki, disse o promotor.

Quase 450 mil pessoas prestaram homenagem às vítimas em um altar montado perto da escola que muitas das crianças frequentavam.

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