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Convento se antecipa ao papa e acolhe refugiados há 3 anos

A paróquia de Ripa Grande, situada na praça de São Francisco de Assis de Roma, hospeda há três anos refugiados, sobretudo jovens

Papa Francisco: pontífice pediu recentemente que os religiosos abrissem os conventos vazios aos refugiados (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 11h35.

Roma - A paróquia de Ripa Grande, situada na praça de São Francisco de Assis de Roma , hospeda há três anos refugiados, sobretudo jovens, que vieram para a Itália em uma situação limite.

O papa Francisco pediu recentemente que os religiosos abrissem os conventos vazios aos refugiados, em vez de transformá-los em hotéis; porém, os frades da paróquia e convento de Ripa Grande já tinham iniciado a iniciativa há três anos.

"Esperamos a visita do papa Francisco a nosso convento", afirmou à Agência Efe o pároco e guardião da comunidade de franciscanos, o padre Stefano.

Assim que escutaram as palavras do papa argentino, os frades franciscanos enviaram uma carta ao pontífice para comunicá-lo sobre o projeto que já estava em andamento e convidá-lo para uma visita.

Atualmente se hospedam no convento 11 refugiados a quem os frades oferecem comida e alojamento, e também os ajudam a recuperar "a esperança e a vontade de viver".

Com a ajuda de outras associações religiosas e laicas, a paróquia e convento promove a reinserção na sociedade destes refugiados.

"Muitos deles encontram trabalho, estudam o idioma na escola e chegam a ir para a universidade", acrescentou o padre Stefano.

A estadia no convento normalmente dura cerca de cinco meses, breve período de tempo no qual dificilmente os recém chegados podem encontrar um trabalho. Por isso em alguns casos a estadia pode se prolongar, segundo o guardião do convento.

Este é o caso de, Jonny Tsegaye, de 30 anos, que chegou à Itália há cinco anos, vindo da Etiópia. Ele encontrou trabalho no setor da limpeza, mas após perdê-lo, decidiu pedir ajuda no convento de Ripa Grande, onde vive há oito meses e estuda.


Pior foi o caso do peruano Rider Sardón, de 43 anos, hospedado desde fevereiro no convento onde cumpriu a última fase de prisão domiciliar.

O peruano conta que passou um ano na prisão, já que logo após chegar a Roma a casa na qual vivia foi envolvida em um caso de tráfico de drogas e a polícia o deteve sem "nenhum motivo".

Sardón terminou o ensino médio e agora procura trabalho.

Este projeto de hospedar refugiados no convento de Ripa Grande surgiu em um encontro no qual estiveram presentes todos os frades franciscanos da região do Lácio há três anos.

Padre Stefano explica que acharam necessário ajudar a todos os jovens que chegavam por mar ao litoral italiano fugindo das guerras que arrasavam seus países.

A profunda crise econômica também influiu na decisão de acolher jovens já que, segundo afirma padre Stefano, o convento também abre as portas aos jovens italianos afetados por causa do alto índice de desemprego no país.

Os frades franciscanos se mostram orgulhosos do trabalho que estão realizando, pois permite a muitos jovens "começar uma vida nova".

Padre Stefano especifica que os cinco meses que o convento permite aos recém se hospedarem são "determinantes" para que deem um novo rumo para sua vida. Muitos deles, acrescenta o padre, abandonam o convento antes dos cinco meses porque não são capazes de tomar "o caminho correto e caem no mundo da toxicomania ou do alcoolismo".

Não se segue um "método meritocrático" para escolher os refugiados que ficam pelo período de cincos meses; a permanência no convento depende do comportamento dos mesmos, ressaltou padre Stefano.

Uma filosofia, a dos franciscanos da paróquia Ripa Grande, muito em consonância com a qual o papa Francisco continua pregando desde o início de seu pontificado e que explicou durante uma visita recente a um centro de ajuda aos refugiados administrados pelos jesuítas em Roma.

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Roma - A paróquia de Ripa Grande, situada na praça de São Francisco de Assis de Roma , hospeda há três anos refugiados, sobretudo jovens, que vieram para a Itália em uma situação limite.

O papa Francisco pediu recentemente que os religiosos abrissem os conventos vazios aos refugiados, em vez de transformá-los em hotéis; porém, os frades da paróquia e convento de Ripa Grande já tinham iniciado a iniciativa há três anos.

"Esperamos a visita do papa Francisco a nosso convento", afirmou à Agência Efe o pároco e guardião da comunidade de franciscanos, o padre Stefano.

Assim que escutaram as palavras do papa argentino, os frades franciscanos enviaram uma carta ao pontífice para comunicá-lo sobre o projeto que já estava em andamento e convidá-lo para uma visita.

Atualmente se hospedam no convento 11 refugiados a quem os frades oferecem comida e alojamento, e também os ajudam a recuperar "a esperança e a vontade de viver".

Com a ajuda de outras associações religiosas e laicas, a paróquia e convento promove a reinserção na sociedade destes refugiados.

"Muitos deles encontram trabalho, estudam o idioma na escola e chegam a ir para a universidade", acrescentou o padre Stefano.

A estadia no convento normalmente dura cerca de cinco meses, breve período de tempo no qual dificilmente os recém chegados podem encontrar um trabalho. Por isso em alguns casos a estadia pode se prolongar, segundo o guardião do convento.

Este é o caso de, Jonny Tsegaye, de 30 anos, que chegou à Itália há cinco anos, vindo da Etiópia. Ele encontrou trabalho no setor da limpeza, mas após perdê-lo, decidiu pedir ajuda no convento de Ripa Grande, onde vive há oito meses e estuda.


Pior foi o caso do peruano Rider Sardón, de 43 anos, hospedado desde fevereiro no convento onde cumpriu a última fase de prisão domiciliar.

O peruano conta que passou um ano na prisão, já que logo após chegar a Roma a casa na qual vivia foi envolvida em um caso de tráfico de drogas e a polícia o deteve sem "nenhum motivo".

Sardón terminou o ensino médio e agora procura trabalho.

Este projeto de hospedar refugiados no convento de Ripa Grande surgiu em um encontro no qual estiveram presentes todos os frades franciscanos da região do Lácio há três anos.

Padre Stefano explica que acharam necessário ajudar a todos os jovens que chegavam por mar ao litoral italiano fugindo das guerras que arrasavam seus países.

A profunda crise econômica também influiu na decisão de acolher jovens já que, segundo afirma padre Stefano, o convento também abre as portas aos jovens italianos afetados por causa do alto índice de desemprego no país.

Os frades franciscanos se mostram orgulhosos do trabalho que estão realizando, pois permite a muitos jovens "começar uma vida nova".

Padre Stefano especifica que os cinco meses que o convento permite aos recém se hospedarem são "determinantes" para que deem um novo rumo para sua vida. Muitos deles, acrescenta o padre, abandonam o convento antes dos cinco meses porque não são capazes de tomar "o caminho correto e caem no mundo da toxicomania ou do alcoolismo".

Não se segue um "método meritocrático" para escolher os refugiados que ficam pelo período de cincos meses; a permanência no convento depende do comportamento dos mesmos, ressaltou padre Stefano.

Uma filosofia, a dos franciscanos da paróquia Ripa Grande, muito em consonância com a qual o papa Francisco continua pregando desde o início de seu pontificado e que explicou durante uma visita recente a um centro de ajuda aos refugiados administrados pelos jesuítas em Roma.

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