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Contaminada por metano, área em SP ameaça explodir

Cerca de 1.200 sem-teto ocupam uma área contaminada na Cachoeirinha, zona norte de São Paulo

Técnicos da Cetesb medem quantidade de gás para determinar risco de explosão (Divulgação/Cetesb)
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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 09h27.

São Paulo - Os cerca de 1.200 sem-teto que ocupam uma área contaminada por gás metano, na Cachoeirinha, zona norte de São Paulo , sabem que vivem sobre um barril de pólvora.

Eles moram no mesmo terreno de uma escola e uma creche municipais que foram desativadas em 2010, após um laudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) atestar risco de explosão. Nem por isso deixam de acender centenas de fogões ao mesmo tempo diariamente na hora das refeições.

A Cetesb realizou a última vistoria em 11 de janeiro e constatou que "a situação é preocupante e a área deve ser desocupada". A Prefeitura foi notificada, mas ainda não retirou os moradores.

Os sem-teto são ligados à Frente de Luta por Moradia (FLM). A líder da ocupação, Geni Monteiro, de 42 anos, afirma que só descobriu que o local estava contaminado depois que todos já estavam morando lá. "A Prefeitura veio aqui e falou que só tínhamos 24 horas para sair. Mas falamos que queríamos uma alternativa de moradia e acabou ficando por isso mesmo. Não voltaram mais", afirma.

Antes da construção das unidades de ensino, funcionava um aterro sanitário irregular no local. O laudo da Cetesb afirma que o local tem concentração de gás metano no subsolo e águas subterrâneas.

A companhia afirma que há potencial risco de explosão. O nível se encontra entre 5% e 15% do gás. "Os técnicos constataram a desativação e desmonte de todo o sistema de extração de vapores que operava no local, bem como do estado dos poços de monitoramento para avaliação da área das escolas", afirma a Cetesb, em nota.

Assim como uma favela, a ocupação acontece à base do improviso. As instalações elétricas são feitas por meio de gatos. Parte dos moradores vive nos prédios das antigas escolas, mas a maioria tem de se ajeitar em barracos construídos do lado de fora. A construção desordenada dá um aspecto de labirinto, o que tornaria ainda mais difícil a retirada dos moradores em caso de acidente.

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São Paulo - Os cerca de 1.200 sem-teto que ocupam uma área contaminada por gás metano, na Cachoeirinha, zona norte de São Paulo , sabem que vivem sobre um barril de pólvora.

Eles moram no mesmo terreno de uma escola e uma creche municipais que foram desativadas em 2010, após um laudo da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) atestar risco de explosão. Nem por isso deixam de acender centenas de fogões ao mesmo tempo diariamente na hora das refeições.

A Cetesb realizou a última vistoria em 11 de janeiro e constatou que "a situação é preocupante e a área deve ser desocupada". A Prefeitura foi notificada, mas ainda não retirou os moradores.

Os sem-teto são ligados à Frente de Luta por Moradia (FLM). A líder da ocupação, Geni Monteiro, de 42 anos, afirma que só descobriu que o local estava contaminado depois que todos já estavam morando lá. "A Prefeitura veio aqui e falou que só tínhamos 24 horas para sair. Mas falamos que queríamos uma alternativa de moradia e acabou ficando por isso mesmo. Não voltaram mais", afirma.

Antes da construção das unidades de ensino, funcionava um aterro sanitário irregular no local. O laudo da Cetesb afirma que o local tem concentração de gás metano no subsolo e águas subterrâneas.

A companhia afirma que há potencial risco de explosão. O nível se encontra entre 5% e 15% do gás. "Os técnicos constataram a desativação e desmonte de todo o sistema de extração de vapores que operava no local, bem como do estado dos poços de monitoramento para avaliação da área das escolas", afirma a Cetesb, em nota.

Assim como uma favela, a ocupação acontece à base do improviso. As instalações elétricas são feitas por meio de gatos. Parte dos moradores vive nos prédios das antigas escolas, mas a maioria tem de se ajeitar em barracos construídos do lado de fora. A construção desordenada dá um aspecto de labirinto, o que tornaria ainda mais difícil a retirada dos moradores em caso de acidente.

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