EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 20 de dezembro de 2010 às 14h43.
Impulsionadas pelo consumo das usinas termelétricas, as vendas de gás natural apresentaram forte alta de 55,4% em outubro de 2010 na comparação com igual período de 2009, de 38,39 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d) para 59,69 milhões de m³/d, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Este é o segundo maior volume comercializado no ano, atrás somente das vendas apuradas em setembro, de 62,77 milhões de m³/d.
Em outubro de 2010, o consumo de gás pelas térmicas foi de 19,90 milhões de m³/d, expansão de 671,7% na comparação com os 2,58 milhões de m³/d de outubro de 2009. O forte crescimento da demanda se explica pelo uso intenso das térmicas para poupar os reservatórios das hidrelétricas. Em razão do fenômeno climático La Niña, que intensificou a falta de chuvas neste segundo semestre, o nível de água nos reservatórios estava no mais baixo dos últimos anos. Isso levou ao Operador Nacional Sistema Elétrico (ONS) a determinar o despacho das térmicas a gás para complementar a geração de energia.
Adicionalmente, o mercado não térmico de gás (industrial, residencial, comercial, gás natural veicular, entre outros) cresceu de maneira expressiva entre outubro de 2010 e o igual mês de 2009. No período em questão, o volume comercializado para essas classes de consumo cresceu 11,1%, de 35,80 milhões de m³/d para 39,78 milhões de m³/d. Esse volume representa um pequeno incremento de 1,9% em relação aos 39,03 milhões de m?/d de setembro de 2010.
Entre as classes de consumo, as vendas de gás para o segmento industrial cresceram 11,25% entre outubro de 2010 e igual intervalo de 2009. O crescimento reflete a recuperação da atividade econômica no País, reforçado pelo fato de que o início do quarto trimestre de cada ano é uma época tradicionalmente mais forte das indústrias. Outro mercado relacionado à atividade industrial que apresentou expansão foi o de cogeração, de 5,1%.
O mercado residencial também se destacou no período, cujo crescimento nas vendas foi de 12,8%. O segmento comercial teve expansão de 6,1%. Já a comercialização de gás natural veicular (GNV) voltou a apresentar queda, em razão da menor competitividade com o etanol e a gasolina. No período em questão a retração no consumo de GNV foi 4,1%, para 5,46 milhões de m³/d.