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Consumo de combustíveis no Brasil cresce 3% em 2011

Número ficou abaixo da projeção de 7% feita pela ANP; agência considera que queda no consumo de etanol foi a culpada

O consumo de combustíveis no país chegou a 121,4 bilhões de litros em 2011 (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2012 às 14h10.

Rio de Janeiro – O crescimento do consumo de combustíveis no Brasil ficou abaixo da projeção de 7% feita pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) no final de 2010. Segundo dados divulgados hoje pela agência reguladora, o consumo total cresceu 3% em 2011, com a utilização de 121,4 bilhões de litros. No ano anterior, o salto nas vendas chegou a 8,4% em relação ao registrado em 2009.

De acordo com o diretor-geral da ANP, Allan Kardec, o baixo incremento do consumo está relacionado, principalmente, à queda “extraordinária” do consumo de etanol. O produto teve uma redução nas vendas de 13,8%. Só o álcool hidratado apresentou queda de 28,9%. O etanol anidro (adicionado à gasolina) registrou aumento de consumo de 18,3%. Allan Kardec atribui o recuo tanto à quebra de safra em 2011 quanto à crise internacional de 2008 que ainda provocou reflexos e diminuiu o ritmo da industria nacional. Segundo ele, a expectativa é que o cenário se reverta ainda este ano.

“A expectativa é que haja aumento de 10% a 20%. O consumo de combustível é um termômetro. O aumento é diretamente proporcional ao Produto Interno Bruto [PIB]. Como a expectativa é que haja crescimento, com aceleração da economia do país, a expectativa é que haja aumento do consumo”, disse o diretor-geral.

O cenário afetou diretamente o nível de preço do etanol em 2011, que ficou muito acima do patamar registrado nos últimos anos, segundo o superintendente de Abastecimento da ANP, Dirceu Amorelli. “Se o preço do [etanol] hidratado cresce um pouco, você tem a migração para gasolina [que teve incremento de 18,8% do consumo entre 2010 e 2011]. Hoje 50% da frota [de veículos] são [do tipo] flex, então o consumidor pode optar. Alguns poucos optam, ideologicamente, pelo biocombustível, mas a maioria opta, mesmo, pelo bolso”, destacou.

O consumo do diesel subiu 5,2% em 2011, na comparação com o ano anterior. No mesmo período, o de querosene de aviação (QAV) cresceu 10,8%. “A gente observa a economia pelo consumo energético. Não só pela industria, mas pelo conforto pessoal. Tem mais gente usando o avião e isso acaba refletindo no consumo”, avaliou Amorelli.

O superintendente também destacou a queda de 25,1% no consumo de óleo combustível. Segundo ele, a substituição desse produto pelo coque verde de petróleo é uma tendência esperada pelo mercado. Já produtos como o biodiesel vêm registrando aumento nas vendas, mesmo com níveis de preços ainda altos. A elevação do consumo do biodiesel, de 2010 para 2011, chegou a 5,3%. A expectativa é que, com a desconcentração das usinas, o produto se torne mais competitivo. De acordo com ele, quem pode ganhar com isso é o consumidor.

“De 2010 para 2011 houve uma desconcentração [das usinas produtoras] e, com isso, espera-se maior competitividade no mercado. Com oferta maior, isso pode refletir em maior competição, maior eficiência de custo e pode trazer o preço um pouco mais para baixo”, ressaltou Dirceu Amorelli.

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Rio de Janeiro – O crescimento do consumo de combustíveis no Brasil ficou abaixo da projeção de 7% feita pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) no final de 2010. Segundo dados divulgados hoje pela agência reguladora, o consumo total cresceu 3% em 2011, com a utilização de 121,4 bilhões de litros. No ano anterior, o salto nas vendas chegou a 8,4% em relação ao registrado em 2009.

De acordo com o diretor-geral da ANP, Allan Kardec, o baixo incremento do consumo está relacionado, principalmente, à queda “extraordinária” do consumo de etanol. O produto teve uma redução nas vendas de 13,8%. Só o álcool hidratado apresentou queda de 28,9%. O etanol anidro (adicionado à gasolina) registrou aumento de consumo de 18,3%. Allan Kardec atribui o recuo tanto à quebra de safra em 2011 quanto à crise internacional de 2008 que ainda provocou reflexos e diminuiu o ritmo da industria nacional. Segundo ele, a expectativa é que o cenário se reverta ainda este ano.

“A expectativa é que haja aumento de 10% a 20%. O consumo de combustível é um termômetro. O aumento é diretamente proporcional ao Produto Interno Bruto [PIB]. Como a expectativa é que haja crescimento, com aceleração da economia do país, a expectativa é que haja aumento do consumo”, disse o diretor-geral.

O cenário afetou diretamente o nível de preço do etanol em 2011, que ficou muito acima do patamar registrado nos últimos anos, segundo o superintendente de Abastecimento da ANP, Dirceu Amorelli. “Se o preço do [etanol] hidratado cresce um pouco, você tem a migração para gasolina [que teve incremento de 18,8% do consumo entre 2010 e 2011]. Hoje 50% da frota [de veículos] são [do tipo] flex, então o consumidor pode optar. Alguns poucos optam, ideologicamente, pelo biocombustível, mas a maioria opta, mesmo, pelo bolso”, destacou.

O consumo do diesel subiu 5,2% em 2011, na comparação com o ano anterior. No mesmo período, o de querosene de aviação (QAV) cresceu 10,8%. “A gente observa a economia pelo consumo energético. Não só pela industria, mas pelo conforto pessoal. Tem mais gente usando o avião e isso acaba refletindo no consumo”, avaliou Amorelli.

O superintendente também destacou a queda de 25,1% no consumo de óleo combustível. Segundo ele, a substituição desse produto pelo coque verde de petróleo é uma tendência esperada pelo mercado. Já produtos como o biodiesel vêm registrando aumento nas vendas, mesmo com níveis de preços ainda altos. A elevação do consumo do biodiesel, de 2010 para 2011, chegou a 5,3%. A expectativa é que, com a desconcentração das usinas, o produto se torne mais competitivo. De acordo com ele, quem pode ganhar com isso é o consumidor.

“De 2010 para 2011 houve uma desconcentração [das usinas produtoras] e, com isso, espera-se maior competitividade no mercado. Com oferta maior, isso pode refletir em maior competição, maior eficiência de custo e pode trazer o preço um pouco mais para baixo”, ressaltou Dirceu Amorelli.

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