Roma - A capital da Itália conta com duas linhas de metrô transversais e uma terceira em construção cujas obras, envoltas em várias polêmicas sobre o custo, o impacto ambiental e os contínuos atrasos, começaram há oito anos e mal chegaram à metade do previsto.
O trânsito caótico e a falta de uma ambiciosa rede de metrô que o alivie se somam, entre outros, aos principais problemas de mobilidade na cidade de Roma, um feito que os turistas constatam e os moradores sofrem diariamente.
Duas linhas de metrô conectam, por enquanto, diferentes pontos da capital italiana com uma única opção de troca na estação Termini com as frequentes multidões em torno desse ponto da rede.
As obras da linha C do metrô chegaram à metade oito anos após o início, o dobro do tempo previsto, e após 24 anos do primeiro e diferente projeto original. Essa linha ligará, por exemplo, o bairro de São João de Latrão - onde os trabalhos estão mais avançados - ao Coliseu e à Praça de São Marcos.
Uma série de despropósitos atravancaram em várias ocasiões os trabalhos de construção, assim como a duplicação do custo, orçado inicialmente em 2,6 bilhões de euros e que já passou de 5 bilhões.
Um dos últimos episódios aconteceu em 17 de julho, quando o prefeito de Roma, Ignazio Marino, cancelou o contrato com a empresa Roma Metropolitane, até então responsável pelas linhas da capital, por má gestão das obras que já são investigadas pela Procuradoria de Roma.
O órgão também indaga sobre um incidente no metrô em 15 de julho, quando uma barra de aço se desprendeu sobre a cabine de um maquinista da linha A perto da parada Flaminio, junto à Praça di Popolo.
O prefeito garantiu que a abertura da nova linha C acontecerá no próximo dia 11 de outubro no trajeto Pantano-Centocelle, dois pontos da cidade; uma data que deixa em dúvida a associação Italia Nostra.
Por tudo isso e ao considerar que esses trabalhos podem prejudicar o patrimônio histórico de monumentos emblemáticos como o Coliseu ou a integridade dos restos arqueológicos dos Fóruns imperiais, a Justiça solicitou um novo relatório de impacto ambiental para desviar o trajeto da nova linha para o Circo Maximo.
Em entrevista coletiva, a vice-presidente da Italia Nostra, Mirella Belvisi, advertiu que se a linha passar por esses pontos, do Coliseu à Praça de São Marcos, "haverá problemas gravíssimos".
Ela apontou, no entanto, que a passagem pelo outro lado, pelo Circo Maximo, representaria "uma diminuição muito grande dos custos".
Nicola Scalzini, conselheira dessa associação e ex-subsecretária de Estado de Trabalho, propôs desviar a nova linha para a estação de Pirâmide, onde fica a estação Ostiense que liga Roma à marítima cidade de Ostra e ao aeroporto de Roma.
Com um cargo de responsabilidade na construção da linha há dois anos, o engenheiro Gaetano Tancredi, é crítico sobre o desenrolar das obras.
"O projeto é mal feito, foi mal desenvolvido e nunca foi discutido nada a respeito".
Tancredi pôs em dúvida a data de abertura anunciada pelo prefeito e alertou dos riscos de construir uma estação no Castelo Sant"Angelo. Segundo ele, seria uma "operação de alto risco" que espera que não seja feita porque seria preciso escavar sob o Rio Tibre muito perto da margem.
A história da construção do metrô de Roma ainda tem muitos capítulos pela frente, problemas políticos e econômicos à parte, pela grande quantidade de detalhes arqueológicos que o subsolo de uma cidade conhecida como "eterna" ainda esconde.
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1. Transporte
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1/11 (Dan Kitwood/Getty Images)
São Paulo – Extensas malhas, centenas de estações e milhões de passageiros transportados por dia são algumas das principais características de grandes metrôs pelo mundo. O mais antigo é o de
Londres, com 150 anos de operação. Já um dos mais caros é o de Oslo, na Noruega, onde a passagem unitária pode custar mais de 5 dólares. Exame.com separou dados de alguns dos principais sistemas do
transporte público pelo mundo. Para comparação, também separou os números do metrô de São Paulo. Para os preços das passagens apresentados nesta matéria,
foi utilizado um estudo do banco suíço UBS, que apontou o valor unitário da passagem sem considerar descontos para condições especiais ( como bilhetes mensais ou passagens para estudantes e idosos). Confira alguns números de dez sistemas de metrô pelo mundo.
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2. Londres
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2/11 (Dan Kitwood/Getty Images)
Preço da passagem: 3,70 dólares
Inaugurado em
1863, é o metro mais antigo do mundo. É também um dos mais extensos, com
402 quilômetros cobertos por
270 estações, divididas em
11 linhas. Segundo dados do próprio metrô, são transportados mais de
1,100 bilhão de passageiros por ano. As linhas são também conectadas com linhas de trem que se espalham para outras cidades. Fonte:
metrô de Londres
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3. Tóquio
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3/11 (Junko Kimura/Getty Images)
Preço da passagem: 2,46 dólares
O sistema de metrô de Tóquio é operado por duas empresas principais, a Tokyo Metro e a Tokyo Metropolitan Bureau of Transportation. A prefeitura de Tóquio reúne dados das duas empresas atualizados até 2011. No encerramento do ano, o sistema contava com quase
300 quilômetros de extensão cobertos por
277 estações. Fonte:
prefeitura de Tóquio
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4. Nova York
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4/11 (Mario Tama/Getty Images)
Preço da passagem: 2,42 dólares
Por meio de suas conexões, o sistema de metrô, inaugurado em 1904, une
22 comunidades da região metropolitana de Nova York. As
24 linhas contam com
468 estações e, considerando os sistemas de ônibus conectados ao metrô, transportam mais de
2,300 bilhões de pessoas por ano. Fonte:
metrô de Nova York
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5. Moscou
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5/11 (Ian Walton/Getty Images)
Preço da passagem: 0,85 dólar
O sistema é uma das maneiras de transporte mais utilizadas na cidade, alcançando até
9 milhões de pessoas diariamente (em seus dias mais movimentados). A malha tem
308,7 quilômetros de extensão cobertos por
186 estações divididas em
12 linhas. Fonte:
metrô de Moscou
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6. Paris
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6/11 (Julien Hekimian/Getty Images)
Preço da passagem: 2,16 dólares
Com
14 linhas principais (conectadas a outras linhas de trens) e cerca de
300 estações, o metrô de Paris, na França, está entre os mais lotados da Europa e transporta quase
1,5 bilhão de passageiros por ano. Fontes:
metrô e
prefeitura de Paris
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7. Madri
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7/11 (Oli Scarff/Getty Images)
Preço da passagem: 1,94 dólar
Os
293 quilômetros de rede do metrô de Madri, na Espanha, são divididos em
13 linhas e
300 estações. Em 2012, foram transportados pouco mais de
601 milhões de passageiros. A primeira linha, que passava pela famosa praça Puerta del Sol, começou a operar em
1919. Fonte:
metrô de Madri
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8. Hong Kong
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8/11 (Christian Keenan/Getty Images)
Preço da passagem: 1,33 dólar
O sistema, um dos mais modernos da região, é composto por duas malhas principais. A mais antiga tem nove linhas,
82 estações e
175 quilômetros de extensão. O sistema é conectado a outro, batizado de Light Rail, que tem foco em uma região menor e mais central. Nesse, são
68 estações espalhadas por outros
36,2 quilômetros. As malhas são operadas pela MTR Corporation Limited, que também opera linhas de trem integrando Hong Kong a outras regiões da China e opera o trem direto do aeroporto. Fonte:
governo de Hong Kong
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9. Oslo
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9/11 (Wikimedia Commons / Metro Centric)
Preço da passagem: 5,12 dólares
Com o preço unitário de viagem mais alto do mundo, segundo o estudo do UBS, o metrô de Oslo, na Noruega, conta com
80 quilômetros de extensão e
seis linhas. Entre os mais antigos do mundo, foi inaugurado em
1898. Fonte:
metrô de Oslo
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10. Copenhagen
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10/11 (Wikimedia Commons / Jcornelius)
Preço da passagem: 4,88 dólares
Com o segundo ticket unitário mais caro, segundo o UBS, o metrô de Copenhagen não está entre os mais extensos, mas funciona, em sua maior parte, por
24 horas, todos os dias. Atualmente, é composto de
duas linhas com
22 estações. A estreia de uma nova linha circular está prevista para
2018 e deve adicionar outras
17 novas estações ao sistema. Fonte:
metrô de Copenhagen
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11. Agora conheça mais sobre aeroportos
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11/11 (David McNew/Getty Images)