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Construção de assentamentos não é bom para paz, diz Obama

Apesar de críticas, presidente americano não chegou a exigir um congelamento das construções para permitir que negociações de paz sejam retomadas

Presidente americano Barack Obama fala durante conferência de imprensa na cidade de Ramallah, na Cisjordânia (Ammar Awad/Reuters)

Presidente americano Barack Obama fala durante conferência de imprensa na cidade de Ramallah, na Cisjordânia (Ammar Awad/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2013 às 10h49.

Ramallah - O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta quinta-feira que a construção de assentamentos na Cisjordânia ocupada não "avança a causa da paz", mas não chegou a exigir um congelamento das construções para permitir que as negociações sejam retomadas.

Falando em uma entrevista coletiva ao lado do presidente palestino, Mahmoud Abbas, Obama disse que continua comprometido com a criação de um Estado palestino "independente, viável e contíguo", mas disse que atingir esse objetivo não será fácil.

"A questão central agora é como vamos conseguir a soberania para o povo palestino e a segurança para as pessoas de Israel", disse Obama a jornalistas, após quase duas horas de conversações com Abbas.

"Isso não quer dizer que os assentamentos não são importantes. Isso quer dizer que se nós resolvermos esses dois problemas, a questão dos assentamentos será resolvida", acrescentou.

Negociações patrocinadas pelos EUA entre Israel e os palestinos foram interrompidas em 2010 devido à questão dos assentamentos judaicos, e Abbas repetiu nesta quinta-feira que busca o congelamento das construções em terras tomadas por Israel na guerra de 1967.

Em sua primeira visita oficial a Israel e aos territórios palestinos, Obama manteve conversas longas com o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, na quarta-feira, antes do encontro com Abbas nesta quinta.

"Eu tenho sido claro com o primeiro-ministro Netanyahu e outras autoridades israelenses que... nós não consideramos a atividade contínua de assentamentos construtiva, adequada, algo que possa avançar a causa da paz", disse Obama.

Ele não apresentou novas propostas para uma retomada das negociações, mas disse que seu novo secretário de Estado, John Kerry, vai passar um tempo significativo tentando reduzir as diferenças entre os dois lados, à medida que os EUA buscam levá-los de volta às negociações.

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