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Constituinte venezuelana elege Diosdado Cabello como novo presidente

O fórum chavista disse ter escolhido Cabello - "um homem probo, leal à pátria" - após um debate "popular" que incluiu vários setores da população

Diosdado Cabello: o agora líder plenipotenciário já foi vice-presidente, ministro, governador, deputado e constituinte desde que se instaurou a chamada revolução bolivariana (Marco Bello/Reuters)

Diosdado Cabello: o agora líder plenipotenciário já foi vice-presidente, ministro, governador, deputado e constituinte desde que se instaurou a chamada revolução bolivariana (Marco Bello/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de junho de 2018 às 20h44.

Caracas - A Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela designou nesta terça-feira o poderoso dirigente chavista Diosdado Cabello como novo presidente deste órgão plenipotenciário integrado apenas por governistas e não reconhecido por vários governos.

O fórum chavista disse ter escolhido Cabello - "um homem probo, leal à pátria" - após um debate "popular" que incluiu vários setores da população.

O agora líder plenipotenciário já foi vice-presidente, ministro, governador, deputado e constituinte desde que se instaurou a chamada revolução bolivariana em 1999 liderada pelo falecido Hugo Chávez (1999-2013), que foi seu líder na tentativa de golpe contra o governo de Carlos Andrés Pérez em 1992.

Cabello assinou a ata constituinte que o designa no cargo em meio aos aplausos dos centenas de governistas presentes na sessão, na qual também esteve sua esposa, a ministra de Obras Públicas Marleny Contreras, e a filha de ambos, Daniela Cabello.

A primeira vice-presidente da ANC, Tania Díaz, e o segundo vice-presidente, Elvis Amoroso, o receberam com abraços no palanque enquanto o auditório cantava "voltou, voltou, voltou ", em alusão ao seu passado como presidente da Assembleia Nacional (parlamento), cargo que desempenhou no mesmo Palácio Federal Legislativo.

O também primeiro vice-presidente do governante Partido Socialista Unido (PSUV) foi eleito por unanimidade e após os discursos de quatro constituintes que concordaram em ressaltar suas virtudes como "cão fiel" da revolução.

Cabello deixou há mais de um ano a cadeira que ganhou até 2020 no parlamento, agora dominado pela oposição, e foi um dos impulsores da ANC, que se instaurou sem um referendo prévio de aprovação como indica a Constituição, razão pela que é assinalada como fraudulenta.

Desde agosto do ano passado, quando se instalou a Constituinte apesar da rejeição internacional, Cabello vinha participando como um dos seus 500 membros até que na semana passada se abriu a vaga que hoje ocupa depois que o chefe de Estado, Nicolás Maduro, designou Delcy Rodríguez como sua vice-presidente executiva.

Esta nomeação deixou a ANC sem presidente, um vazio que foi preenchido hoje pelo considerado número dois do chavismo que terá agora um poder incontestável.

 

 

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