Conselho de Segurança da ONU pode ampliar presença militar na Somália
Órgão deve desdobrar mais três mil soldados até chegar aos 12 mil, mas autoridades de transição do país pediram em mais de uma ocasião que esse número chegue a 20 mil
Da Redação
Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 18h37.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU se mostrou favorável a ampliar o financiamento e o desdobramento militar da Missão da União Africana para a Somália (Amisom, na sigla em inglês), como havia pedido o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon.
'Todos os membros do Conselho de Segurança expressaram seu apoio à ideia de reforçar a Amisom, portanto acho que isso acontecerá', disse nesta terça-feira o presidente rotativo do Conselho, o embaixador russo Vitaly Churkin, após receber o relatório de Ban sobre sua visita ao país africano.
Churkin evitou, no entanto, se aprofundar nos detalhes dessa ampliação da missão da União Africana, que opera sob mandato do Conselho de Segurança, embora o secretário-geral da ONU tenha encorajado hoje mesmo os membros do principal órgão internacional de segurança a tomar decisões nesse sentido.
'Precisamos garantir os avanços conquistados (na Somália) e estendê-los para além de Mogadíscio. Para isso, é necessário que a Amisom funcione com seu máximo rendimento, com 12 mil soldados', declarou Ban perante os 15 membros do Conselho de Segurança.
Atualmente, a Amisom tem no país nove mil soldados sob mandato da ONU, que ao lado das tropas do governo Federal de Transição (GFT), lutam contra o Al Shabab, grupo radical islâmico vinculado à Al Qaeda que combate para impor um regime muçulmano no país.
O Conselho de Segurança deve desdobrar mais três mil soldados até chegar aos 12 mil, mas as autoridades de transição na Somália pediram em mais de uma ocasião que esse número chegue a 20 mil.
Ban, que visitou o país no último dia 9 de dezembro, também fez eco desse pedido e reconheceu que 'não se deveria excluir a incorporação de novas forças e a expansão da Amisom'.
'Temos que garantir que a estratégia militar esteja alinhada com os objetivos políticos', comentou Ban, detalhando que os insurgentes do Al Shabab 'estão se retirando diante da crescente pressão das forças militares e seus aliados'.
Diante desse panorama, Ban assinalou que a Somália enfrenta 'um momento de oportunidade único que deve ser aproveitado', por isso que um maior apoio ao GFT é necessário para que o país possa avançar no Mapa do Caminho rumo à consecução da transição, que deverá terminar em agosto de 2012.
Após o relatório de Ban, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado no qual pediu 'uma aplicação mais rápida' do Mapa do Caminho que deve ser promovido pelas autoridades de transição para cumprir essa data.
O Conselho de Segurança reiterou igualmente que para isso 'a Somália precisa do apoio da comunidade internacional', ao mesmo tempo que ressaltou 'a gravidade dos problemas políticos, de segurança e humanitários, cujas consequências incluem o terrorismo, a pirataria e os sequestros'.
Os membros do Conselho reiteraram sua 'preocupação pela crise de fome' que afeta várias zonas da Somália e exortaram a todas as partes e grupos armados a permitir 'o acesso completo, seguro e sem demora da ajuda humanitária, e que deem os passos adequados para garantir a segurança e proteção do pessoal humanitário'.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barre, o que deixou o país sem Governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra tribais e bandos de criminosos armados.
Atualmente, o grupo radical islâmico Al Shabab, que controla grande parte do sul da Somália, luta para derrubar o internacionalmente respaldado governo Federal de Transição somali e as tropas da Amisom.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da ONU se mostrou favorável a ampliar o financiamento e o desdobramento militar da Missão da União Africana para a Somália (Amisom, na sigla em inglês), como havia pedido o secretário-geral do organismo, Ban Ki-moon.
'Todos os membros do Conselho de Segurança expressaram seu apoio à ideia de reforçar a Amisom, portanto acho que isso acontecerá', disse nesta terça-feira o presidente rotativo do Conselho, o embaixador russo Vitaly Churkin, após receber o relatório de Ban sobre sua visita ao país africano.
Churkin evitou, no entanto, se aprofundar nos detalhes dessa ampliação da missão da União Africana, que opera sob mandato do Conselho de Segurança, embora o secretário-geral da ONU tenha encorajado hoje mesmo os membros do principal órgão internacional de segurança a tomar decisões nesse sentido.
'Precisamos garantir os avanços conquistados (na Somália) e estendê-los para além de Mogadíscio. Para isso, é necessário que a Amisom funcione com seu máximo rendimento, com 12 mil soldados', declarou Ban perante os 15 membros do Conselho de Segurança.
Atualmente, a Amisom tem no país nove mil soldados sob mandato da ONU, que ao lado das tropas do governo Federal de Transição (GFT), lutam contra o Al Shabab, grupo radical islâmico vinculado à Al Qaeda que combate para impor um regime muçulmano no país.
O Conselho de Segurança deve desdobrar mais três mil soldados até chegar aos 12 mil, mas as autoridades de transição na Somália pediram em mais de uma ocasião que esse número chegue a 20 mil.
Ban, que visitou o país no último dia 9 de dezembro, também fez eco desse pedido e reconheceu que 'não se deveria excluir a incorporação de novas forças e a expansão da Amisom'.
'Temos que garantir que a estratégia militar esteja alinhada com os objetivos políticos', comentou Ban, detalhando que os insurgentes do Al Shabab 'estão se retirando diante da crescente pressão das forças militares e seus aliados'.
Diante desse panorama, Ban assinalou que a Somália enfrenta 'um momento de oportunidade único que deve ser aproveitado', por isso que um maior apoio ao GFT é necessário para que o país possa avançar no Mapa do Caminho rumo à consecução da transição, que deverá terminar em agosto de 2012.
Após o relatório de Ban, o Conselho de Segurança emitiu um comunicado no qual pediu 'uma aplicação mais rápida' do Mapa do Caminho que deve ser promovido pelas autoridades de transição para cumprir essa data.
O Conselho de Segurança reiterou igualmente que para isso 'a Somália precisa do apoio da comunidade internacional', ao mesmo tempo que ressaltou 'a gravidade dos problemas políticos, de segurança e humanitários, cujas consequências incluem o terrorismo, a pirataria e os sequestros'.
Os membros do Conselho reiteraram sua 'preocupação pela crise de fome' que afeta várias zonas da Somália e exortaram a todas as partes e grupos armados a permitir 'o acesso completo, seguro e sem demora da ajuda humanitária, e que deem os passos adequados para garantir a segurança e proteção do pessoal humanitário'.
A Somália vive em um estado de guerra civil e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barre, o que deixou o país sem Governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas, senhores da guerra tribais e bandos de criminosos armados.
Atualmente, o grupo radical islâmico Al Shabab, que controla grande parte do sul da Somália, luta para derrubar o internacionalmente respaldado governo Federal de Transição somali e as tropas da Amisom.