Mural atribuído a Banksy: conselho distrital de Tendring disse ter recebido uma reclamação na terça-feira de que a obra é "racista" e “ofensiva” (Reprodução)
Da Redação
Publicado em 2 de outubro de 2014 às 13h01.
Londres - Um conselho local removeu um mural do artista britânico <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/banksy">Banksy</a></strong> após uma reclamação de que a obra seria <strong><a href="https://exame.com.br/topicos/racismo">racista</a></strong>, uma semana antes de os eleitores da região decidirem se irão eleger o primeiro parlamentar da Grã-Bretanha de um partido que se opõe à imigração em massa.</p>
A imagem em um muro na cidade costeira de Clacton, no sul da Inglaterra, mostra um grupo de pombos segurando cartazes com os dizeres “Migrantes não são bem-vindos” e “Voltem para a África” dirigidos a um pequeno pássaro verde.
O conselho distrital de Tendring disse ter recebido uma reclamação na terça-feira de que a obra é "racista" e “ofensiva” e a retirou, sem saber que a pintura é atribuída a Banksy.
O mural aparece no site do artista. Conhecido por seus comentários sociais irônicos com grafites e pinturas em estêncil em espaços públicos e propriedades particulares em todo o mundo, Banksy surgiu em Bristol, na Inglaterra, no início dos anos 1990.
O verdadeiro nome do artista, cuja arte de rua já foi vendida por mais de 1 milhão de dólares, continua desconhecido.
Nigel Brown, gerente de comunicações do conselho distrital de Tendring, declarou à Reuters que outra obra de Bansky seria bem-vinda à área, mas não uma repetição do mesmo trabalho.
A eleição da semana que vem em Clacton será um teste crucial para o primeiro-ministro David Cameron, já que ocorre depois de o representante legislativo local debandar do governista Partido Conservador para o Partido da Independência da Grã-Bretanha (Ukip, na sigla em inglês).
Cameron viu uma disparada no apoio ao Ukip, que quer que a Grã-Bretanha abandone a União Europeia e ficou em segundo lugar em uma série de pleitos regionais nos últimos meses, mas até agora não obteve representação no Parlamento.