WASHINGTON: Com uma agenda bastante atribulada e altas expectativas do presidente Donald Trump, o Congresso retorna do recesso de fim de ano / (Win McNamee/Getty Images)
EXAME Hoje
Publicado em 3 de janeiro de 2018 às 06h21.
Última atualização em 3 de janeiro de 2018 às 07h25.
O Congresso dos Estados Unidos retorna nesta quarta-feira aos trabalhos. Entre as primeiras urgências está a aprovação de uma lei que determina os gastos e orçamento do governo americano, impedindo que as operações entrem em colapso.
Uma legislação temporária foi aprovada em dezembro, antes do recesso das festividades de final de ano, para impedir que o governo entrasse em “shutdown”, algo que prejudica o funcionamento de diversas atividades governamentais que têm orçamento anual. O novo prazo do Congresso é dia 19 de janeiro para aprovar uma lei orçamentária para este ano.
Junto da lei de orçamento, deve haver pressão para que haja garantias para os imigrantes conhecidos como Dreamers, trazidos para os Estados Unidos enquanto ainda eram crianças. Do contrário, congressistas prometem continuar barrando o orçamento. Os Dreamers se tornaram uma força política com a promessa do presidente Donald Trump de que acabaria com o Ato, emitido por Barack Obama, que garante a estadia desses imigrantes. Estima-se que 800.000 pessoas possam estar sob risco de deportação.
Em termos de novidades, os legisladores têm que lidar com uma maioria republicana ainda menor no Senado este ano: com a vitória do senador Doug Jones no Alabama no final do ano passado, a maioria dos republicanos diminuiu para 51, o que pode tornar ainda mais difícil a aprovação de pautas para o partido. Ontem, o também senador Orrin Hatch, o mais antigo republicano do Senado, anunciou sua aposentadoria, abrindo margem para uma disputa em sua cadeira, no estado de Utah — espera-se que o ex-candidato à presidência Mitt Romney dispute as eleições em seu lugar.
Finalmente, o Congresso tem de lidar agora com as expectativas de Trump, que retorna energizado por sua recente aprovação da reforma tributária. Trump planeja colocar em pauta o mais cedo possível um investimento de 1 trilhão de dólares na infraestrutura dos Estados Unidos. O planejamento inicial era um acordo entre Democratas e Republicanos para acertar a aprovação da proposta, mas com o aumento dos gastos pela reforma tributária as conversas devem ser acirradas.