Confrontos na Líbia causaram mais de 50 mortes
Durante os enfrentamentos, que começaram no último dia 3 de outubro, mais de 100 pessoas também foram detidas
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2012 às 16h16.
Trípoli - O porta-voz do governo da Líbia , Nasser al Manaa, garantiu que os combates entre as forças regulares e as milícias armadas leais ao antigo regime de Kadafi na cidade de Bani Walid, que terminaram nesta quarta-feira, causaram mais de 50 mortos e centenas de feridos.
Durante os enfrentamentos, que começaram no último dia 3 de outubro, mais de 100 pessoas também foram detidas, "entre combatentes e procurados pela justiça", acrescentou Manaa em entrevista coletiva.
O porta-voz explicou que todos os dados serão divulgados com mais detalhes no futuro, além de destacar que os números indicam que os homens e as milícias regulares que enfrentaram o Exército eram "militares profissionais que utilizavam armas avançadas".
Além disso, comentou que estavam bem treinados e comandados e enfatizou que não eram voluntários.
Segundo Manaa, após os enfrentamentos que provocaram a fuga de milhares de famílias, as forças de segurança conseguiram libertar dezenas de pessoas de vários lugares do país, que foram sequestradas e eram mantidas dentro desta cidade.
Durante o seu discurso, em que compareceu ao lado do chefe do Estado-Maior do Exército, Youssef al Manqush, o porta-voz também pediu desculpas pelas informações equivocadas que surgiram na semana passada, sobre a prisão do porta-voz do regime de Muammar Kadafi , Moussa Ibrahim, e sobre a morte do filho mais novo de Kadafi, Khamis.
"Aprendemos a lição", ressaltou o porta-voz, que acrescentou que agora é o momento de se analisar as causas que levaram ao anúncio oficial das informações.
Por outro lado, Manqush anunciou o fim das operações militares, mas afirmou que ainda restam alguns bolsões de resistência.
Manaa, assim como Manqush, voltou a insistir que a ofensiva não estava direcionada contra a população de Bani Walid e comentou que foram criadas três comissões.
Uma para garantir a segurança da cidade, outra para iniciar de maneira urgente os serviços básicos e uma terceira para ajudar no retorno de milhares de pessoas que foram obrigadas a deixar a cidade.