A violências teve início no domingo na cidade de Sitra, após o funeral de Sayyed Hashem Saeed, de 15 anos, que foi morto ao ser atingido na cabeça por uma bomba de gás (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 16h12.
Dubai - Forças de segurança do Bahrein lançaram gás lacrimogêneo contra manifestantes contrários ao governo e os espancaram com barras de ferro. Dezenas de pessoas ficaram feridas, afirmaram ativistas pelos direitos humanos nesta segunda-feira.
A violências teve início na noite de domingo na cidade de Sitra, após o funeral de Sayyed Hashem Saeed, de 15 anos, que segundo a oposição foi morto ao ser atingido na cabeça por uma bomba de gás lacrimogêneo, lançada pelas forças de segurança, no dia anterior.
Outro adolescente, Hani al-Qanish, também ficou seriamente ferido no domingo ao ser atingido na cabeça por uma bomba semelhante, afirmou o ex-advogado da oposição Matar Matar à agência France Presse.
O ativista pelos direitos humanos Nabil Rajab disse que a polícia antidistúrbio usou gás lacrimogêneo e barras de ferro para dispersar o grupo que havia se reunido em Sitra após o funeral de Said.
"Dezenas de pessoas ficaram feridas e passaram mal por causa da inalação do gás, mas todas receberam tratamento em casa, com médicos voluntários, porque temem ser presas se forem ao hospital", disse Rajab à AFP acrescentando que a polícia espancou alguns manifestantes com "barras de ferro".
Citando policiais, a agência de notícias do Bahrein disse que "um grupo de sabotadores tomou as ruas numa marcha ilegal e cometeu atos de sabotagem, bloqueando vias públicas com latas de lixo e lançando pedras, barras de ferro e coquetéis Molotov contra as forças de segurança".
Protestos contra o governo, liderados por xiitas, aumentaram nas últimas semanas e há confrontos quase diários em cidades e vilas xiitas nas proximidades da capital. A maior parte da população do Bahrein é composta por xiitas, mas o governo é comandado por sunitas. Os xiitas reclamam de discriminação e da impossibilidade de alcançarem os principais postos de comando no país. As informações são da Dow Jones.