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Confrontos após despejo no Iraque deixam 11 mortos

Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas em confrontos armados após o despejo de acampamentos de manifestantes sunitas


	Bandeira do Iraque: atos violentos começaram após a polícia desmantelar acampamentos sunitas, que protestam pela marginalização que sofrem por parte do governo
 (Michael Luongo)

Bandeira do Iraque: atos violentos começaram após a polícia desmantelar acampamentos sunitas, que protestam pela marginalização que sofrem por parte do governo (Michael Luongo)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2014 às 13h07.

Bagdá - Pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 40 ficaram feridas nesta segunda-feira em confrontos armados após o despejo de acampamentos de manifestantes sunitas na província de Al-Anbar, no oeste do Iraque.

Uma fonte da polícia de Ramadi, capital de Al-Anbar, disse à Agência Efe que os confrontos entre as forças de segurança e combatentes tribais estão ocorrendo principalmente nesta cidade e na de Faluja.

Os atos violentos começaram hoje depois que a polícia desmantelou os acampamentos dos sunitas, que protestam pela marginalização que sofrem por parte do governo, liderado pelo xiita Nouri al-Maliki.

O primeiro-ministro deu um ultimato há oito dias aos sunitas para que deixassem as acampamentos porque tinham transformado se - alegou - em "uma sede" da organização terrorista Al Qaeda.

As características da operação policial são ainda confusas, já que a princípio a rede de televisão oficial "Al-Iraquiya" informou que a polícia estava desmontando as tendas após chegar um acordo com os xeques tribais e o governo.

No entanto, testemunhas ouvidas pela Efe afirmaram que uma grande força composta por soldados do exército e a polícia entrou em Ramadi a bordo de tanques e veículos blindados. Elas também contaram que houve violentos enfrentamentos entre as forças de segurança e homens armados em várias áreas de Al-Anbar.

Esta escalada da tensão ocorre dois dias depois da detenção do destacado deputado opositor Ahmed al Aluani, conhecido por seu apoio aos protestos dos sunitas e suas críticas a al-Maliki.

O irmão dele e três de seus seguranças morreram em confrontos com a polícia durante a detenção, que aconteceu em Ramadi, onde as autoridades estabeleceram toque de recolher.

No final do ano passado, milhares de iraquianos sunitas iniciaram grandes protestos em várias cidades do país para pedir a libertação dos detidos e exigir grandes reformas no processo político.

Esses protestos se transformaram em acampamentos permanentes em setembro nas capitais das províncias de maioria sunita, entre elas Al-Anbar, onde nas últimas semanas ocorreram vários ataques graves contra comandantes do exército iraquiano.

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