Crianças imigrantes: Muitas delas foram separadas de seus pais sob política de "tolerância zero" do governo Trump (Mike Blake/Reuters)
AFP
Publicado em 20 de junho de 2018 às 21h43.
O presidente americano, Donald Trump, mudou a sua postura nesta quarta-feira (20) e ordenou o fim da prática de separar crianças migrantes de suas famílias na fronteira, uma questão amplamente criticada de sua política de "tolerância zero".
Mas, embora acabe com as separações, sua ordem executiva indica que as condições para imigrantes em situação ilegal detidos podem endurecer em outros aspectos.
- Qualquer adulto pego cruzando a fronteira ilegalmente, mesmo que para pedir refúgio, será preso e acusado de entrada ilegal criminosa. Isso não muda com relação à política anunciada em 7 de maio.
- As crianças de grupos de famílias migrantes cruzando a fronteira ilegalmente não serão mais separadas destes. As unidades familiares agora serão detidas juntas pelo Departamento de Segurança Interna (DHS, em inglês), ao invés de o serem pelos departamentos de Justiça e Habitação e Serviços Humanos, como anteriormente.
- As unidades familiares serão mantidas pelo DHS durante o período necessário para julgamento com base na acusação de entrada ilegal, e para revisão de sua solicitações de imigração. Como as duas situações juntas podem demorar meses ou anos, a administração Trump tentará mudar o Acordo Flores de 1997, que proíbe o governo de manter crianças em detenção, mesmo com suas famílias, por mais de 20 dias.
- No entanto, a ordem de Trump também diz que, "na medida do possível", casos envolvendo famílias serão priorizados.
- O Departamento de Defesa foi ordenado a permitir que quaisquer instalações disponíveis sejam usadas para abrigar imigrantes em situação ilegal e, se necessário, construir novas instalações para eles.