Como foi o primeiro dia de vacinação em Moscou
Para os russos, será gratuita e administrada de forma voluntária
AFP
Publicado em 5 de dezembro de 2020 às 12h47.
A capital russa, Moscou,começou a vacinar os trabalhadores mais expostos ao novo coronavírus em centros de vacinação instalados por toda a cidade. A ação teve início na manhã deste sábado (5). Ao todo, setenta centros de vacinação foram abertos na cidade, com serviço inicialmente destinado a assistentes sociais, prestadores de serviços médicos e professores.
"Os cidadãos dos principais grupos de risco que, devido às suas atividades profissionais estão em contaco com muita gente, podem ser vacinados", afirmaram as autoridades russas.
Neste sábado, as autoridades de saúde disseram que durante esta primeira fase de vacinação em Moscou, a vacina não seria aplicada em trabalhadores com mais de 60 anos, pessoas com doenças crônicas, mulheres grávidas ou lactantes. Os órgãos de saúde ainda não indicaram quando o tratamento estará disponível para o público em geral.
Segundo eles, a vacina será mais barata e mais fácil de armazenar e transportar do que outras que estão sendo desenvolvidas no mundo. Para os russos, será gratuita e administrada de forma voluntária.
O prefeito de Moscou, Serguei Sobyanin, anunciou na sexta-feira que 5.000 pessoas se inscreveram cinco horas após a abertura do registro online para a imunização.
"Quero ter certeza de que o coronavírus não infectará a mim e meus parentes", disse Serguei Bouslaïev, de 42 anos e que trabalha com seguros, a jornalistas da AFP.
A Rússia foi um dos primeiros países a anunciar o desenvolvimento de uma vacina - batizada de Sputnik V em homenagem ao satélite soviético - em agosto, antes mesmo do início dos testes clínicos em larga escala. A vacina está atualmente na terceira e última fase de testes clínicos com 40.000 voluntários e seus criadores anunciaram uma taxa de eficácia de 95% no mês passado, de acordo com resultados preliminares.
Neste sábado, a Rússia registrou 28.782 novas infecções em 24 horas, novo recorde diário, elevando o total para 2.431.731 casos desde o início da pandemia, colocando o país em quarto lugar no mundo em número de casos.
Apesar do aumento dos casos, qualquer novo confinamento nacional está, neste momento, excluído, a fim de evitar uma nova paralisação da economia.