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Na Unilever, eles fazem mais com menos

Sob a liderança da sul-africana Gail Klintworth, o plano de sustentabilidade da Unilever gerou economia de 300 milhões em quatro anos e dobrou as vendas de produtos com viés ambiental

Gail Klintworth, diretora global de sustentabilidade da Unilever: a meta é criar um novo modelo de consumo (Raul Junior/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 18h15.

São Paulo - A cada dia, 170 milhões de produtos da Unilever são vendidos em 190 países. A cada hora, 83 milhões de pessoas usam algo das marcas que estão no portfólio da multinacional em todo o mundo. Mas para a empresa isso não é o bastante. A Unilever quer vender cada vez mais e, ao mesmo tempo, diminuir o impacto ambiental de seus produtos.

Por isso, em 2010, quando as empresas ainda entendiam a crise de dois anos antes, lançou um plano para dobrar de tamanho até 2020 e reduzir pela metade do impacto dos produtos. No ano passado, quem assumiu a liderança deste plano foi a sul-africana Gail Klintworth.

Em sua história de 25 anos na multinacional, ela passou pelas áreas de recursos humanos, vendas e marketing e chegou a ocupar a presidência executiva da operação da África do Sul entre 2007 e 2010. No ano passado, passou a líder de sustentabilidade . “Não queremos ser conhecidos por vender sabonete. Grande coisa!”, diz a executiva. “Quero criar um novo modelo de consumo.”

Desde que o plano foi lançado, a Unilever viu suas vendas crescerem 16%, para 51,3 bilhões de euros em todo o mundo. Economizou 300 milhões de euros com as medidas de sustentabilidade. E não espantou os investidores por pensar no longo prazo – deixando de lado até a divulgação de expectativas de resultados. Suas ações valorizaram mais de 20% em dois anos nas três bolsas: Londres, Nova York e Amsterdã.

EXAME - Qual foi o contexto para a Unilever lançar o plano de sustentabilidade?

Gail Klintworth - Temos 7 bilhões de pessoas no mundo e que usam os recursos para abastecer um planeta e meio. Em 2050, seremos 9 bilhões de pessoas. Muitas delas vão estar na classe média, como no Brasil, vão consumir muito mais e começarão a usar os recursos de três planetas. Então, para as empresas e as pessoas, tornar-se sustentável é agora imperativo.

Na Unilever, temos uma longa história de pensar sobre sustentabilidade. Formalizamos isso em 2010, com um plano com metas para serem alcançadas até 2020. Se olharmos agora, cerca de 60% do nosso faturamento global já vem dos mercados emergentes, como China, Índia e, claro, Brasil.

Só que o ambiente em que as pessoas nesses países vivem está mais exposto a questões como falta de água e de energia e, para continuar a crescer, temos de resolver isso.

EXAME - Qual o objetivo do plano de sustentabilidade da Unilever?

Gail Klintworth - Queremos dobrar o negócio e, ao mesmo tempo, reduzir à metade o impacto ambiental dos nossos produtos até 2020 - não apenas mudando o que fazemos dentro das fábricas, mas mudando o que os consumidores fazem em suas casas.


Se olharmos para os últimos 30 anos e todo o crescimento econômico no mundo, veremos que é fantástico que muitas pessoas saíram da pobreza e que mais pessoas estão vivendo melhor.  No entanto, houve um forte impacto em emissão de gás e em poluição de água. Como resultado, as empresas têm de proteger suas matérias-primas e ajudar as pessoas a se tornarem mais sustentáveis.

EXAME - Quais os resultados que já foram alcançados?

Gail Klintworth - Temos a meta de reduzir emissões de carbono, consumo de água e desperdício nas fábricas. Isso tem ido além das expectativas. Tome como exemplo o Brasil: quatro das nove fábricas já zeraram o envio de resíduos para aterros sanitários, ao valorizar métodos mais adequados como reciclagem e compostagem.

Globalmente, metade das 252 manufaturas está na mesma situação. Em 2015, queremos todas elas sem envio de resíduo sólido para aterros. Além disso, no ano passado, reduzimos a emissão de gases do efeito estufa nas fábricas em um terço no mundo. Fizemos ainda um compromisso de usar 100% de matérias-primas sustentáveis até 2020.

Em 2012, foram 36%. Para este ano, espero o mínimo de 40%. Em relação ao compromisso de fazer com que 1 bilhão de pessoas melhorem sua saúde e bem-estar, o que inclui, por exemplo, ensiná-las a lavar as mãos para evitar doenças e prover o acesso à água limpa, atingimos 224 milhões de pessoas no mundo.

EXAME - Qual tem sido a maior dificuldade?

Gail Klintworth - Fazer as pessoas tomarem atitudes sustentáveis. Um total de 68% do impacto ambiental dos produtos está ligado à fase do consumo, segundo estudo conduzido pela Unilever em 14 países. O restante vem da aquisição de matéria-prima e do processo de produção nas fábricas.

Se uma pessoa escolher usar um sabão líquido concentrado, ela corta a emissão de gás de efeito estufa consideravelmente, porque o líquido concentrado é muito mais sustentável devido ao processo de fabricação e distribuição. A versão concentrada do Omo, por exemplo, utiliza 34% menos água por produto.

Isso representa uma economia de 12,6 milhões de litros por ano, o que corresponde a 1.260 caminhões-pipa. Ainda usa 48% menos plástico por dosagem e produz 43% menos resíduos sólidos pós-consumo. Na verdade, as pessoas querem ser sustentáveis, só não sabem o que fazer. Então temos de dar as soluções para elas.

EXAME - Ser sustentável vai contra a noção de consumo?

Gail Klintworth - Não acreditamos nisso, se levarmos as pessoas a consumirem do jeito certo, ou um produto com material sustentável, que use menos água e que tenha menos desperdício. E por que isso é bom para nosso negócio? Geramos 300 milhões de euros de economia globalmente para a empresa desde 2008 com esse plano de sustentabilidade, só cortando os desperdícios.


Nossos produtos que são sustentáveis normalmente têm forte crescimento em seu mercado, então é bom para os negócios. O sabonete Lifebuoy, atrelado a programas educativos sobre a importância de lavar as mãos, tem tido crescimento de dois dígitos desde 2010. No Nordeste do Brasil, as vendas avançaram 82% no ano passado.

As vendas da linha de xampus secos aumentaram 19% em 2012 em todo o mundo. Estimativas mostram que há uma redução de 90% na emissão de CO2 no uso de xampus secos, na comparação com a lavagem de cabelos com água quente no uso de xampus normais.

Desde que lançamos esse plano, as pessoas amam trabalhar para nós. Porque todo mundo quer fazer algo importante para o mundo. Não queremos ser conhecidos por vender sabonete. Grande coisa! Na verdade, quero criar um novo modelo de consumo para que as pessoas vivam melhor.

EXAME - Como incentivar os executivos da empresa para este plano?

Gail Klintworth - Entregar o plano de sustentabilidade é um requisito dos bônus dos executivos, inclusive do nosso presidente Paul Polman. Muitas pessoas na empresa são responsáveis por atingir algumas metas específicas do programa.

Por exemplo, o gerente de matérias-primas tem seu bônus atrelado ao plano de sustentabilidade nesta área. Mas muito mais importante do que a remuneração é quanto as pessoas acreditam nesse plano. Gasto a maior parte do meu tempo engajando as pessoas nisso.

EXAME - Qual é o investimento da Unilever com o plano?

Gail Klintworth - Não tenho nenhum número para isso. O que posso dizer é que o benefício para uma produção mais eficiente mais do que paga o investimento.

EXAME - O pensamento no longo prazo não espanta investidores?

Gail Klintworth - O motivo para as empresas não planejarem no longo prazo é a pressão dos acionistas. Então, quando nosso presidente executivo Paul Polman chegou, em 2008, ele passou a não divulgar mais guidance (a previsão das empresas para resultados) a cada trimestre e isso nos deu espaço para pensar no longo prazo – e, para se tornar sustentável, você tem de pensar com um horizonte maior de tempo.

Os investidores ficaram surpresos, mas o próprio Polman disse que queríamos atrair quem estivesse interessado no longo prazo. Quem não gostasse poderia investir em outra empresa. Nós aumentamos nosso portfolio de investidores desde então, a maioria deles institucionais.


EXAME - Qual tem sido o desempenho do Brasil nessa estratégia global?

Gail Klintworth - Todos os países estão envolvidos. Mas depende do interesse nacional para ser mais fácil fazer isso em alguns lugares. O Brasil é uma das estrelas, porque em seu DNA já há o conceito de sustentabilidade e de preservação da natureza, algo que está muito presente nas pessoas. Vocês estão fazendo isso há muito tempo.

Em algumas áreas consigo ver progresso e engajamento de todas as pessoas do negócio. Estou muito interessada na questão da água no Brasil. Se olhar para o país como um todo, há um problema de água no Nordeste. E não dá para crescer nosso negócio se as pessoas não tiverem água para usar.

Então precisamos oferecer produtos que usem menos água e que sejam usados com água limpa. Até o momento, os países que têm a melhor sustentabilidade estão crescendo mais dentro do nosso negócio.

EXAME - Você acredita que o consumidor está mais engajado?

Gail Klintworth - A revolução digital está conectando todo mundo e as pessoas estão com o poder. Você tem o maravilhoso exemplo dos protestos, que trouxeram milhões de pessoas às ruas em todo o mundo. As pessoas estão agora responsabilizando governos, negócios e marcas pelos problemas que enfrentam.

Então nós temos de ser mais transparentes no que fazemos e mais claros com os nossos consumidores. Isso é algo que vai ficar para sempre.

EXAME - Você divide as experiências com os competidores?

Gail Klintworth - Nós fazemos isso bastante. Temos um fórum de bens de consumo com um grupo das 400 maiores empresas do mundo. E temos um grupo de sustentabilidade. Juntos nós olhamos para o que podemos fazer para os nossos negócios.

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São Paulo - A cada dia, 170 milhões de produtos da Unilever são vendidos em 190 países. A cada hora, 83 milhões de pessoas usam algo das marcas que estão no portfólio da multinacional em todo o mundo. Mas para a empresa isso não é o bastante. A Unilever quer vender cada vez mais e, ao mesmo tempo, diminuir o impacto ambiental de seus produtos.

Por isso, em 2010, quando as empresas ainda entendiam a crise de dois anos antes, lançou um plano para dobrar de tamanho até 2020 e reduzir pela metade do impacto dos produtos. No ano passado, quem assumiu a liderança deste plano foi a sul-africana Gail Klintworth.

Em sua história de 25 anos na multinacional, ela passou pelas áreas de recursos humanos, vendas e marketing e chegou a ocupar a presidência executiva da operação da África do Sul entre 2007 e 2010. No ano passado, passou a líder de sustentabilidade . “Não queremos ser conhecidos por vender sabonete. Grande coisa!”, diz a executiva. “Quero criar um novo modelo de consumo.”

Desde que o plano foi lançado, a Unilever viu suas vendas crescerem 16%, para 51,3 bilhões de euros em todo o mundo. Economizou 300 milhões de euros com as medidas de sustentabilidade. E não espantou os investidores por pensar no longo prazo – deixando de lado até a divulgação de expectativas de resultados. Suas ações valorizaram mais de 20% em dois anos nas três bolsas: Londres, Nova York e Amsterdã.

EXAME - Qual foi o contexto para a Unilever lançar o plano de sustentabilidade?

Gail Klintworth - Temos 7 bilhões de pessoas no mundo e que usam os recursos para abastecer um planeta e meio. Em 2050, seremos 9 bilhões de pessoas. Muitas delas vão estar na classe média, como no Brasil, vão consumir muito mais e começarão a usar os recursos de três planetas. Então, para as empresas e as pessoas, tornar-se sustentável é agora imperativo.

Na Unilever, temos uma longa história de pensar sobre sustentabilidade. Formalizamos isso em 2010, com um plano com metas para serem alcançadas até 2020. Se olharmos agora, cerca de 60% do nosso faturamento global já vem dos mercados emergentes, como China, Índia e, claro, Brasil.

Só que o ambiente em que as pessoas nesses países vivem está mais exposto a questões como falta de água e de energia e, para continuar a crescer, temos de resolver isso.

EXAME - Qual o objetivo do plano de sustentabilidade da Unilever?

Gail Klintworth - Queremos dobrar o negócio e, ao mesmo tempo, reduzir à metade o impacto ambiental dos nossos produtos até 2020 - não apenas mudando o que fazemos dentro das fábricas, mas mudando o que os consumidores fazem em suas casas.


Se olharmos para os últimos 30 anos e todo o crescimento econômico no mundo, veremos que é fantástico que muitas pessoas saíram da pobreza e que mais pessoas estão vivendo melhor.  No entanto, houve um forte impacto em emissão de gás e em poluição de água. Como resultado, as empresas têm de proteger suas matérias-primas e ajudar as pessoas a se tornarem mais sustentáveis.

EXAME - Quais os resultados que já foram alcançados?

Gail Klintworth - Temos a meta de reduzir emissões de carbono, consumo de água e desperdício nas fábricas. Isso tem ido além das expectativas. Tome como exemplo o Brasil: quatro das nove fábricas já zeraram o envio de resíduos para aterros sanitários, ao valorizar métodos mais adequados como reciclagem e compostagem.

Globalmente, metade das 252 manufaturas está na mesma situação. Em 2015, queremos todas elas sem envio de resíduo sólido para aterros. Além disso, no ano passado, reduzimos a emissão de gases do efeito estufa nas fábricas em um terço no mundo. Fizemos ainda um compromisso de usar 100% de matérias-primas sustentáveis até 2020.

Em 2012, foram 36%. Para este ano, espero o mínimo de 40%. Em relação ao compromisso de fazer com que 1 bilhão de pessoas melhorem sua saúde e bem-estar, o que inclui, por exemplo, ensiná-las a lavar as mãos para evitar doenças e prover o acesso à água limpa, atingimos 224 milhões de pessoas no mundo.

EXAME - Qual tem sido a maior dificuldade?

Gail Klintworth - Fazer as pessoas tomarem atitudes sustentáveis. Um total de 68% do impacto ambiental dos produtos está ligado à fase do consumo, segundo estudo conduzido pela Unilever em 14 países. O restante vem da aquisição de matéria-prima e do processo de produção nas fábricas.

Se uma pessoa escolher usar um sabão líquido concentrado, ela corta a emissão de gás de efeito estufa consideravelmente, porque o líquido concentrado é muito mais sustentável devido ao processo de fabricação e distribuição. A versão concentrada do Omo, por exemplo, utiliza 34% menos água por produto.

Isso representa uma economia de 12,6 milhões de litros por ano, o que corresponde a 1.260 caminhões-pipa. Ainda usa 48% menos plástico por dosagem e produz 43% menos resíduos sólidos pós-consumo. Na verdade, as pessoas querem ser sustentáveis, só não sabem o que fazer. Então temos de dar as soluções para elas.

EXAME - Ser sustentável vai contra a noção de consumo?

Gail Klintworth - Não acreditamos nisso, se levarmos as pessoas a consumirem do jeito certo, ou um produto com material sustentável, que use menos água e que tenha menos desperdício. E por que isso é bom para nosso negócio? Geramos 300 milhões de euros de economia globalmente para a empresa desde 2008 com esse plano de sustentabilidade, só cortando os desperdícios.


Nossos produtos que são sustentáveis normalmente têm forte crescimento em seu mercado, então é bom para os negócios. O sabonete Lifebuoy, atrelado a programas educativos sobre a importância de lavar as mãos, tem tido crescimento de dois dígitos desde 2010. No Nordeste do Brasil, as vendas avançaram 82% no ano passado.

As vendas da linha de xampus secos aumentaram 19% em 2012 em todo o mundo. Estimativas mostram que há uma redução de 90% na emissão de CO2 no uso de xampus secos, na comparação com a lavagem de cabelos com água quente no uso de xampus normais.

Desde que lançamos esse plano, as pessoas amam trabalhar para nós. Porque todo mundo quer fazer algo importante para o mundo. Não queremos ser conhecidos por vender sabonete. Grande coisa! Na verdade, quero criar um novo modelo de consumo para que as pessoas vivam melhor.

EXAME - Como incentivar os executivos da empresa para este plano?

Gail Klintworth - Entregar o plano de sustentabilidade é um requisito dos bônus dos executivos, inclusive do nosso presidente Paul Polman. Muitas pessoas na empresa são responsáveis por atingir algumas metas específicas do programa.

Por exemplo, o gerente de matérias-primas tem seu bônus atrelado ao plano de sustentabilidade nesta área. Mas muito mais importante do que a remuneração é quanto as pessoas acreditam nesse plano. Gasto a maior parte do meu tempo engajando as pessoas nisso.

EXAME - Qual é o investimento da Unilever com o plano?

Gail Klintworth - Não tenho nenhum número para isso. O que posso dizer é que o benefício para uma produção mais eficiente mais do que paga o investimento.

EXAME - O pensamento no longo prazo não espanta investidores?

Gail Klintworth - O motivo para as empresas não planejarem no longo prazo é a pressão dos acionistas. Então, quando nosso presidente executivo Paul Polman chegou, em 2008, ele passou a não divulgar mais guidance (a previsão das empresas para resultados) a cada trimestre e isso nos deu espaço para pensar no longo prazo – e, para se tornar sustentável, você tem de pensar com um horizonte maior de tempo.

Os investidores ficaram surpresos, mas o próprio Polman disse que queríamos atrair quem estivesse interessado no longo prazo. Quem não gostasse poderia investir em outra empresa. Nós aumentamos nosso portfolio de investidores desde então, a maioria deles institucionais.


EXAME - Qual tem sido o desempenho do Brasil nessa estratégia global?

Gail Klintworth - Todos os países estão envolvidos. Mas depende do interesse nacional para ser mais fácil fazer isso em alguns lugares. O Brasil é uma das estrelas, porque em seu DNA já há o conceito de sustentabilidade e de preservação da natureza, algo que está muito presente nas pessoas. Vocês estão fazendo isso há muito tempo.

Em algumas áreas consigo ver progresso e engajamento de todas as pessoas do negócio. Estou muito interessada na questão da água no Brasil. Se olhar para o país como um todo, há um problema de água no Nordeste. E não dá para crescer nosso negócio se as pessoas não tiverem água para usar.

Então precisamos oferecer produtos que usem menos água e que sejam usados com água limpa. Até o momento, os países que têm a melhor sustentabilidade estão crescendo mais dentro do nosso negócio.

EXAME - Você acredita que o consumidor está mais engajado?

Gail Klintworth - A revolução digital está conectando todo mundo e as pessoas estão com o poder. Você tem o maravilhoso exemplo dos protestos, que trouxeram milhões de pessoas às ruas em todo o mundo. As pessoas estão agora responsabilizando governos, negócios e marcas pelos problemas que enfrentam.

Então nós temos de ser mais transparentes no que fazemos e mais claros com os nossos consumidores. Isso é algo que vai ficar para sempre.

EXAME - Você divide as experiências com os competidores?

Gail Klintworth - Nós fazemos isso bastante. Temos um fórum de bens de consumo com um grupo das 400 maiores empresas do mundo. E temos um grupo de sustentabilidade. Juntos nós olhamos para o que podemos fazer para os nossos negócios.

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