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Comitê pede explicação sobre detenção de David Miranda

O brasileiro, companheiro do jornalista que divulgou informações sobre espionagem de Edward Snowden, foi detido ontem em Londres

O jornalista Gleen Greenwald (e), com seu companheiro brasileiro David Miranda: Miranda foi posto em liberdade após nove horas (Ricardo Moraes/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2013 às 08h36.

Londres - Um comitê parlamentar britânico pedirá nesta segunda-feira à polícia metropolitana de Londres que "esclareça" as circunstâncias da detenção durante nove horas do brasileiro David Miranda, companheiro do jornalista Glenn Greenwald, que divulgou as revelações sobre espionagem do ex-agente da CIA Edward Snowden .

Miranda, de 28 anos, fez escala ontem no aeroporto de Heathrow (Londres) vindo de Berlim para retornar ao Rio de Janeiro quando foi retido pelas forças de segurança britânicas sob a alegação da lei de terrorismo, que permite deter e interrogar a indivíduos em aeroportos, portos e zonas fronteiriças do Reino Unido .

Em entrevista a uma emissora de rádio da "BBC", Keith Vaz, presidente do comitê parlamentar de Interior, pediu esclarecimentos sobre esta lei após o incidente.

"Levando em conta que se trata de uma nova utilização da legislação contra o terrorismo para deter alguém nestas circunstâncias escreverei à polícia para pedir uma justificativa do uso desta lei e talvez tenham uma explicação perfeitamente razoável", disse Vaz.

"O extraordinário é que soubessem que era o companheiro (de Greenwald) e por isso fica claro que as pessoas que estão diretamente envolvidas (em atividades de terrorismo) são detidas, mas também os companheiros daqueles que estão envolvidos", acrescentou.


Segundo Vaz, "se a lei vai ser utilizada desta maneira, pelo menos é necessário saber disto para que todo mundo esteja preparado".

David Miranda foi posto em liberdade após nove horas, o tempo máximo que a lei permite deter uma pessoa sem apresentar uma acusação, e os agentes confiscaram seus equipamentos eletrônicos, incluídos celular, notebook, câmera fotográfica, cartões de memória, DVD"s e um videogame, segundo o jornal "The Guardian".

O incidente provocou protestos do Itamaraty, que afirmou ser injustificável envolver um indivíduo contra quem não pesa qualquer acusação que possa legitimar o uso da lei antiterrorista.

Desde 5 de junho, Greenwald escreveu uma série de artigos no "The Guardian" e colaborou com reportagens publicadas na imprensa brasileira nas quais foram descritos os programas de vigilância que a Agência Nacional de Segurança Americano (NSA) utiliza na internet, a partir das informações reveladas por Snowden.

Greenwald e Miranda vivem juntos no Rio de Janeiro, de onde o jornalista, um conhecido blogueiro especializado em novas tecnologias, publicou suas matérias.

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Miranda, de 28 anos, fez escala ontem no aeroporto de Heathrow (Londres) vindo de Berlim para retornar ao Rio de Janeiro quando foi retido pelas forças de segurança britânicas sob a alegação da lei de terrorismo, que permite deter e interrogar a indivíduos em aeroportos, portos e zonas fronteiriças do Reino Unido .

Em entrevista a uma emissora de rádio da "BBC", Keith Vaz, presidente do comitê parlamentar de Interior, pediu esclarecimentos sobre esta lei após o incidente.

"Levando em conta que se trata de uma nova utilização da legislação contra o terrorismo para deter alguém nestas circunstâncias escreverei à polícia para pedir uma justificativa do uso desta lei e talvez tenham uma explicação perfeitamente razoável", disse Vaz.

"O extraordinário é que soubessem que era o companheiro (de Greenwald) e por isso fica claro que as pessoas que estão diretamente envolvidas (em atividades de terrorismo) são detidas, mas também os companheiros daqueles que estão envolvidos", acrescentou.


Segundo Vaz, "se a lei vai ser utilizada desta maneira, pelo menos é necessário saber disto para que todo mundo esteja preparado".

David Miranda foi posto em liberdade após nove horas, o tempo máximo que a lei permite deter uma pessoa sem apresentar uma acusação, e os agentes confiscaram seus equipamentos eletrônicos, incluídos celular, notebook, câmera fotográfica, cartões de memória, DVD"s e um videogame, segundo o jornal "The Guardian".

O incidente provocou protestos do Itamaraty, que afirmou ser injustificável envolver um indivíduo contra quem não pesa qualquer acusação que possa legitimar o uso da lei antiterrorista.

Desde 5 de junho, Greenwald escreveu uma série de artigos no "The Guardian" e colaborou com reportagens publicadas na imprensa brasileira nas quais foram descritos os programas de vigilância que a Agência Nacional de Segurança Americano (NSA) utiliza na internet, a partir das informações reveladas por Snowden.

Greenwald e Miranda vivem juntos no Rio de Janeiro, de onde o jornalista, um conhecido blogueiro especializado em novas tecnologias, publicou suas matérias.

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