Mundo

Comitê começa a debater abdicação do imperador do Japão

Um comitê especial começa a discutir a possibilidade de o imperador do Japão renunciar ao trono, algo que não está previsto na Constituição do país


	Akihito: decisão do comitê especial pode abrir caminho para reforma no papel da Casa Imperial, que não é alterado desde 1947
 (Jeff Vinnick/Getty Images)

Akihito: decisão do comitê especial pode abrir caminho para reforma no papel da Casa Imperial, que não é alterado desde 1947 (Jeff Vinnick/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de outubro de 2016 às 06h57.

Tóquio - O comitê estabelecido pelo governo do Japão para estudar a abdicação do imperador Akihito começa hoje a deliberar opções para tramitar esta situação, que não está contida na Constituição do país.

O comitê especial foi formado em setembro depois que o monarca, de 82 anos, expressou publicamente o desejo de delegar o trono a seu filho Naruhito antes de sua morte, devido a sua idade e delicada saúde.

O que disser o grupo de especialistas pode abrir caminho para reformar o papel da Casa Imperial, instituição submetida a uma estrita legislação que não é modificada desde 1947.

O governo quer que este comitê envie o mais breve possível uma série de recomendações para poder ativar uma legislação especial que não requeira uma emenda da Constituição, processo que atualmente é longo e complexo demais, para cumprir os desejos de Akihito.

Apesar de só a abdicação póstuma estar prevista na lei vigente de 1947, no passado metade dos 125 imperadores que ocuparam o trono do crisântemo puderam deixar o trono.

O objetivo do governo japonês é apresentar o projeto de lei específico - para aplicá-lo só no caso de Akihito - ao parlamento no começo de 2017, para permitir a abdicação do imperador, algo que a maioria dos cidadãos parece aprovar nas pesquisas.

A saúde do imperador Akihito se viu debilitada nos últimos anos, já que se submeteu a uma operação coronária de "by-pass" em 2012 e sofreu um câncer de próstata em 2003, após o que teve osteoporose devido ao efeito do tratamento hormonal que lhe foi receitado. EFE

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaJapãoPaíses ricos

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua