Comissário viaja à Eslovênia para discutir crise migratória
Depois de a Hungria instalar cercas para restringir o fluxo de refugiados, a Eslovênia tornou-se um dos principais países de trânsito para os refugiados
Da Redação
Publicado em 22 de outubro de 2015 às 13h49.
O comissário europeu para as Migrações, o grego Dimitris Avramopoulos, chega nesta quinta-feira à Eslovênia para avaliar as necessidades deste pequeno país dos Balcãs, que recebe milhares de imigrantes a cada dia.
Depois de a Hungria instalar cercas para restringir o fluxo de refugiados, a Eslovênia tornou-se, junto com a Sérvia e a Croácia, um dos principais países de trânsito para os refugiados que querem ir para o norte da Europa.
A polícia eslovena anunciou nesta quinta-feira que 12.676 imigrantes entraram no país nas últimas 24 horas, um recorde que supera os números registados na Hungria durante o mês de setembro.
O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reconheceu "os enormes problemas (...) quase existenciais" enfrentados por um Estado de apenas dois milhões de habitantes, porta de entrada para o espaço Schengen.
Desde o último sábado, quando a Hungria decidiu fechar a sua fronteira com a Croácia, cerca de 34.000 imigrantes entraram na Eslovênia, dos quais 10.000 se encontravam nesta quinta em abrigos, esperando para atravessar a fronteira com a Áustria, ao norte.
A visita do comissário europeu ocorre no mesmo dia em que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnur) denunciou a detenção "sistemática" e em "condições degradantes" de imigrantes e refugiados, em particular crianças, na República Checa.
Além disso, os chefes de Estado ou de Governo da Áustria, Bulgária, Croácia, Alemanha, Grécia, Hungria, Romênia e Eslovênia concordaram em se reunir no domingo com os seus homólogos, que não integram a União Europeia, Macedônia e Sérvia, para discutir a "situação de emergência" nos Balcãs, segundo anunciou Juncker na quarta-feira.
A Europa tenta há semanas encontrar uma resposta comum para frear a maior crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Mais de 600.000 imigrantes, muitos dos quais fugindo da violência na Síria, Iraque e Afeganistão, empreenderam uma viagem cheia de obstáculos para a Europa este ano, segundo a ONU.
O objetivo da maioria das pessoas que atravessam o Balcãs é alcançar a Alemanha, a maior economia da UE, que prevê acolher um milhão de requerentes de asilo apenas este ano.
A Alemanha tem acolhido de maneira geral favoravelmente os imigrantes, mas as críticas contra o fluxo de refugiados está crescendo e a polícia judicial do país indicou que existe um forte aumento de delitos contra abrigos.
Por sua vez, a Suécia anunciou nesta quinta-feira que espera que 190.000 pessoas solicitem asilo este ano, um número que excede a capacidade do país de acolhimento, que tem acomodação para até 45.000 recém-chegados.
O país escandinavo de 9,8 milhões de habitantes é um dos destinos favoritos dos refugiados por sua política de asilo generosa e seu estado de bem-estar social.
"Frio e névoa"
Após votar uma extensão das prerrogativas do exército para permitir que os soldados ajudem a polícia na fronteira com a Croácia, o governo esloveno quer mudar uma lei para mobilizar policiais aposentados.
"A polícia e Defesa Civil estão no limite das suas capacidades", declarou o porta-voz do governo, Bojan Sefic.
Na Croácia, entre 2.000 e 3.000 imigrantes aguardavam para atravessar a fronteira com a Eslovênia.
Centenas esperaram no frio e névoa na passagem de fronteira de Berkasovo, onde o tráfego era lento na quinta-feira, constatou um fotógrafo da AFP.
A multidão gritava "Abram! Abram!" para a polícia croata, que só permitia a passagem de um punhado de pessoas passam a cada 15 minutos.
Em outra porta de entrada para a UE, na Grécia, onde milhares de migrantes chegam a cada dia a bordo de barcos a partir da costa turca, o número de chegadas voltou a aumentar nos últimos dias.
A Turquia também previu um novo fluxo de refugiados em sua fronteira com a Síria, na sequência de uma ofensiva conduzida pelo regime no norte do país, com a ajuda de aviação russa.
Finalmente, os partidos conservadores na União Europeia, reunidos em Madri, apelaram para um reforço das fronteiras externas da Europa.
O comissário europeu para as Migrações, o grego Dimitris Avramopoulos, chega nesta quinta-feira à Eslovênia para avaliar as necessidades deste pequeno país dos Balcãs, que recebe milhares de imigrantes a cada dia.
Depois de a Hungria instalar cercas para restringir o fluxo de refugiados, a Eslovênia tornou-se, junto com a Sérvia e a Croácia, um dos principais países de trânsito para os refugiados que querem ir para o norte da Europa.
A polícia eslovena anunciou nesta quinta-feira que 12.676 imigrantes entraram no país nas últimas 24 horas, um recorde que supera os números registados na Hungria durante o mês de setembro.
O Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reconheceu "os enormes problemas (...) quase existenciais" enfrentados por um Estado de apenas dois milhões de habitantes, porta de entrada para o espaço Schengen.
Desde o último sábado, quando a Hungria decidiu fechar a sua fronteira com a Croácia, cerca de 34.000 imigrantes entraram na Eslovênia, dos quais 10.000 se encontravam nesta quinta em abrigos, esperando para atravessar a fronteira com a Áustria, ao norte.
A visita do comissário europeu ocorre no mesmo dia em que o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (Acnur) denunciou a detenção "sistemática" e em "condições degradantes" de imigrantes e refugiados, em particular crianças, na República Checa.
Além disso, os chefes de Estado ou de Governo da Áustria, Bulgária, Croácia, Alemanha, Grécia, Hungria, Romênia e Eslovênia concordaram em se reunir no domingo com os seus homólogos, que não integram a União Europeia, Macedônia e Sérvia, para discutir a "situação de emergência" nos Balcãs, segundo anunciou Juncker na quarta-feira.
A Europa tenta há semanas encontrar uma resposta comum para frear a maior crise de refugiados desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Mais de 600.000 imigrantes, muitos dos quais fugindo da violência na Síria, Iraque e Afeganistão, empreenderam uma viagem cheia de obstáculos para a Europa este ano, segundo a ONU.
O objetivo da maioria das pessoas que atravessam o Balcãs é alcançar a Alemanha, a maior economia da UE, que prevê acolher um milhão de requerentes de asilo apenas este ano.
A Alemanha tem acolhido de maneira geral favoravelmente os imigrantes, mas as críticas contra o fluxo de refugiados está crescendo e a polícia judicial do país indicou que existe um forte aumento de delitos contra abrigos.
Por sua vez, a Suécia anunciou nesta quinta-feira que espera que 190.000 pessoas solicitem asilo este ano, um número que excede a capacidade do país de acolhimento, que tem acomodação para até 45.000 recém-chegados.
O país escandinavo de 9,8 milhões de habitantes é um dos destinos favoritos dos refugiados por sua política de asilo generosa e seu estado de bem-estar social.
"Frio e névoa"
Após votar uma extensão das prerrogativas do exército para permitir que os soldados ajudem a polícia na fronteira com a Croácia, o governo esloveno quer mudar uma lei para mobilizar policiais aposentados.
"A polícia e Defesa Civil estão no limite das suas capacidades", declarou o porta-voz do governo, Bojan Sefic.
Na Croácia, entre 2.000 e 3.000 imigrantes aguardavam para atravessar a fronteira com a Eslovênia.
Centenas esperaram no frio e névoa na passagem de fronteira de Berkasovo, onde o tráfego era lento na quinta-feira, constatou um fotógrafo da AFP.
A multidão gritava "Abram! Abram!" para a polícia croata, que só permitia a passagem de um punhado de pessoas passam a cada 15 minutos.
Em outra porta de entrada para a UE, na Grécia, onde milhares de migrantes chegam a cada dia a bordo de barcos a partir da costa turca, o número de chegadas voltou a aumentar nos últimos dias.
A Turquia também previu um novo fluxo de refugiados em sua fronteira com a Síria, na sequência de uma ofensiva conduzida pelo regime no norte do país, com a ajuda de aviação russa.
Finalmente, os partidos conservadores na União Europeia, reunidos em Madri, apelaram para um reforço das fronteiras externas da Europa.