Comissão Eleitoral intensifica queda de braço na Tailândia
Comissão Eleitoral intensificou sua queda de braço com o Governo da Tailândia ao propor que as eleições do próximo dia 2 de fevereiro sejam adiadas até agosto
Da Redação
Publicado em 27 de janeiro de 2014 às 13h24.
Bangcoc - A Comissão Eleitoral intensificou nesta segunda-feira sua queda de braço com o Governo da Tailândia ao propor que as eleições do próximo dia 2 de fevereiro sejam adiadas até agosto por conta dos protestos antigovernamentais.
A comissão, que está reivindicando há semanas que as eleições sejam adiadas sem oferecer uma data precisa, indicou que o país necessita de seis meses para poder comparecer às urnas em um clima de distensão política.
Somchai Srisuthiyakorn, comissário encarregado da organização do pleito, afirmou que comunicará a primeira- ministra, Yingluck Shinawatra, com a qual manterão amanhã uma reunião para abordar a crise.
"O atraso deveria ser de seis meses a partir de 2 de fevereiro. Achamos que é um período de tempo adequado" para "resolver os conflitos na sociedade", declarou Somchai, segundo o jornal "Bangcoc Post".
"Não queremos um intervalo muito longo, já que isso suporia um Governo interino por muito tempo, o que prejudicaria o país já que um Governo interino não pode fazer muito", acrescentou o comissário.
A proposta da Comissão Eleitoral ocorre no dia seguinte que os manifestantes antigovernamentais impedissem o voto antecipado em 89 das 375 circunscrições no país com o bloqueio de vários colégios eleitorais.
Um total de 440 mil pessoas, 22% dos dois milhões de registrados para a votação antecipada, não puderam comparecer às urnas, principalmente no sul e na capital, onde os antigovernamentais fecharam 90% dos centros habilitados para o voto.
Muitos eleitores expressaram sua frustração em alguns dos colégios fechados, onde os manifestantes bloquearam as portas com cadeias e chegaram a intimidar fisicamente os que tratavam de votar.
Em um enfrentamento com seguidores do Governo, um dos líderes dos protestos morreu e 12 pessoas ficaram feridos em um tiroteio em um distrito de Bangcoc onde tinham bloqueado um colégio eleitoral.
Com esta morte, chega a dez o número de falecidos, a maioria por causa de disparos ou granadas lançadas contra os protestos desde novembro.
O Executivo da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, condenou os manifestantes por vulnerar a lei ao impedir o voto, e confirmou sua intenção de realizar o pleito em 2 de fevereiro.
"O Governo insiste em que as eleições prossigam como está planejado. Aqueles que interromperem a votação serão castigados segundo a lei", disse Suraphong Tovichakchaikul, do Centro para a Manutenção da Paz e a Ordem.
O centro de emergência, criado para controlar os protestos, também ameaçou enviar os guardas antidistúrbios para despejar os manifestantes antigovernamentais que ocuparam o complexo governamental de Chaeng Wattana.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, rejeitou qualquer negociação e afirmou que os manifestantes se defenderão "com as mãos vazias" dos policiais.
Os Estados Unidos, através do Departamento de Estado, expressaram sua "profunda preocupação" pelo bloqueio dos colégios eleitorais que impediram vários eleitores de votar, assim como a violência ocorrida.
"Embora não tomamos partido na disputa política e respaldamos profundamente a liberdade de expressão e o direito a manifestações pacíficas, impedir cidadãos exercer o voto viola seus direitos universais e é inconsistente com os valores democráticos", assinalou Jen Psaki, do Departamento de Estado.
"Reiteramos nossa chamada a todas as partes para que evitem a violência, exerçam a moderação e se comprometam com um diálogo sincero para resolver as diferenças políticas de forma pacífica e democrática", acrescentou Psaki no comunicado.
Em 21 de janeiro, o Executivo tailandês declarou o estado de exceção em Bangcoc perante o aumento da violência relacionada com as manifestações antigovernamentais e para tentar assegurar a realização pacífica das eleições.
O movimento antigovernamental, liderado pelo ex-parlamentar do Partido Democrata Suthep Thaugsuban, exige a renúncia do Governo interino e o adiamento das eleições legislativas até que o sistema político tenha sido reformado e a corrupção acabado.
Ditas reformas seriam realizadas por um conselho popular não eleito de 400 membros durante os próximo 12 ou 15 meses.
Bangcoc - A Comissão Eleitoral intensificou nesta segunda-feira sua queda de braço com o Governo da Tailândia ao propor que as eleições do próximo dia 2 de fevereiro sejam adiadas até agosto por conta dos protestos antigovernamentais.
A comissão, que está reivindicando há semanas que as eleições sejam adiadas sem oferecer uma data precisa, indicou que o país necessita de seis meses para poder comparecer às urnas em um clima de distensão política.
Somchai Srisuthiyakorn, comissário encarregado da organização do pleito, afirmou que comunicará a primeira- ministra, Yingluck Shinawatra, com a qual manterão amanhã uma reunião para abordar a crise.
"O atraso deveria ser de seis meses a partir de 2 de fevereiro. Achamos que é um período de tempo adequado" para "resolver os conflitos na sociedade", declarou Somchai, segundo o jornal "Bangcoc Post".
"Não queremos um intervalo muito longo, já que isso suporia um Governo interino por muito tempo, o que prejudicaria o país já que um Governo interino não pode fazer muito", acrescentou o comissário.
A proposta da Comissão Eleitoral ocorre no dia seguinte que os manifestantes antigovernamentais impedissem o voto antecipado em 89 das 375 circunscrições no país com o bloqueio de vários colégios eleitorais.
Um total de 440 mil pessoas, 22% dos dois milhões de registrados para a votação antecipada, não puderam comparecer às urnas, principalmente no sul e na capital, onde os antigovernamentais fecharam 90% dos centros habilitados para o voto.
Muitos eleitores expressaram sua frustração em alguns dos colégios fechados, onde os manifestantes bloquearam as portas com cadeias e chegaram a intimidar fisicamente os que tratavam de votar.
Em um enfrentamento com seguidores do Governo, um dos líderes dos protestos morreu e 12 pessoas ficaram feridos em um tiroteio em um distrito de Bangcoc onde tinham bloqueado um colégio eleitoral.
Com esta morte, chega a dez o número de falecidos, a maioria por causa de disparos ou granadas lançadas contra os protestos desde novembro.
O Executivo da primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, condenou os manifestantes por vulnerar a lei ao impedir o voto, e confirmou sua intenção de realizar o pleito em 2 de fevereiro.
"O Governo insiste em que as eleições prossigam como está planejado. Aqueles que interromperem a votação serão castigados segundo a lei", disse Suraphong Tovichakchaikul, do Centro para a Manutenção da Paz e a Ordem.
O centro de emergência, criado para controlar os protestos, também ameaçou enviar os guardas antidistúrbios para despejar os manifestantes antigovernamentais que ocuparam o complexo governamental de Chaeng Wattana.
O líder dos protestos, Suthep Thaugsuban, rejeitou qualquer negociação e afirmou que os manifestantes se defenderão "com as mãos vazias" dos policiais.
Os Estados Unidos, através do Departamento de Estado, expressaram sua "profunda preocupação" pelo bloqueio dos colégios eleitorais que impediram vários eleitores de votar, assim como a violência ocorrida.
"Embora não tomamos partido na disputa política e respaldamos profundamente a liberdade de expressão e o direito a manifestações pacíficas, impedir cidadãos exercer o voto viola seus direitos universais e é inconsistente com os valores democráticos", assinalou Jen Psaki, do Departamento de Estado.
"Reiteramos nossa chamada a todas as partes para que evitem a violência, exerçam a moderação e se comprometam com um diálogo sincero para resolver as diferenças políticas de forma pacífica e democrática", acrescentou Psaki no comunicado.
Em 21 de janeiro, o Executivo tailandês declarou o estado de exceção em Bangcoc perante o aumento da violência relacionada com as manifestações antigovernamentais e para tentar assegurar a realização pacífica das eleições.
O movimento antigovernamental, liderado pelo ex-parlamentar do Partido Democrata Suthep Thaugsuban, exige a renúncia do Governo interino e o adiamento das eleições legislativas até que o sistema político tenha sido reformado e a corrupção acabado.
Ditas reformas seriam realizadas por um conselho popular não eleito de 400 membros durante os próximo 12 ou 15 meses.