Comissão do Senado autoriza uso da força militar na Síria
Votação abre caminho para que a resolução seja apreciada pelo plenário do Senado, provavelmente na próxima semana
Da Redação
Publicado em 4 de setembro de 2013 às 18h08.
Washington - A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou uma resolução nesta quarta-feira autorizando uma intervenção militar limitada na Síria, preparando o terreno para um debate no plenário do Senado na próxima semana sobre o uso da força militar.
A placar foi de 10 votos a favor e 7 contra uma resolução que estabelece um limite de 60 dias para qualquer envolvimento na Síria e impede o uso de tropas norte-americanas em operações de combate em terra naquele país.
A autorização aprovada na comissão é mais limitada do que a proposta inicial do presidente norte-americano, Barack Obama, mas atende ao objetivo de punir a Síria pelo ataque com armas químicas contra civis sírios que, segundo o governo dos Estados Unidos que, matou mais de 1.400 pessoas.
A proposta ainda enfrenta resistência significativa no Congresso, onde muitos parlamentares temem que poderia levar a um envolvimento militar prolongado dos EUA na guerra civil da Síria e desencadear uma escalada da violência na região.
O plenário do Senado deve votar a resolução na semana que vem. A Câmara dos Deputados também deve aprovar a medida.
Obama e outras autoridades do governo têm pressionado o Congresso a agir rapidamente, dizendo que a segurança nacional do país e sua credibilidade internacional estão em jogo na decisão de usar a força na Síria para punir o governo do presidente Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas.
"Se não tomarmos uma posição aqui hoje, eu garanto, é provável que enfrentemos riscos muito maiores à nossa segurança e uma probabilidade muito maior de conflito que exigirão a nossa ação no futuro", disse o secretário de Estado, John Kerry, ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara em uma reunião separada nesta quarta-feira.
"Assad vai entender o nosso silêncio, a nossa falta de vontade de agir, como um sinal de que ele pode usar as suas armas impunimente", disse Kerry.
A votação ocorreu após os dois líderes da comissão --o democrata Robert Menendez e o republicano Bob Corker-- trabalharem em uma solução para aplacar às preocupações de alguns parlamentares de que a resolução de Obama era muito ampla.
O senador republicano John McCain, do Arizona, se opôs à limitação da autorização, mas a comissão aprovou as alterações propostas por ele, com objetivo de destruir a capacidade de Assad de usar armas químicas, aumentar o apoio às forças rebeldes e reverter a dinâmica no campo de batalha para criar condições para a remoção de Assad.
Muitos parlamentares disseram que estão preocupados com a possibilidade de a resolução acabar permitindo o envio de tropas terrestres norte-americanas à Síria, o que, segundo autoridades do governo, não irá acontecer.
"Está muito claro pelo lado da Câmara que não há apoio para combate em terra", disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Ed Royce, para Kerry na audiência desta quarta-feira, que também contou com o depoimento de secretário de Defesa, Chuck Hagel, e do presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Martin Dempsey.
Kerry respondeu sem rodeios: "Não haverá batalhas em terra. O presidente disse isso mais de uma vez."
Atualizado às 18h07min.
Washington - A Comissão de Relações Exteriores do Senado dos Estados Unidos aprovou uma resolução nesta quarta-feira autorizando uma intervenção militar limitada na Síria, preparando o terreno para um debate no plenário do Senado na próxima semana sobre o uso da força militar.
A placar foi de 10 votos a favor e 7 contra uma resolução que estabelece um limite de 60 dias para qualquer envolvimento na Síria e impede o uso de tropas norte-americanas em operações de combate em terra naquele país.
A autorização aprovada na comissão é mais limitada do que a proposta inicial do presidente norte-americano, Barack Obama, mas atende ao objetivo de punir a Síria pelo ataque com armas químicas contra civis sírios que, segundo o governo dos Estados Unidos que, matou mais de 1.400 pessoas.
A proposta ainda enfrenta resistência significativa no Congresso, onde muitos parlamentares temem que poderia levar a um envolvimento militar prolongado dos EUA na guerra civil da Síria e desencadear uma escalada da violência na região.
O plenário do Senado deve votar a resolução na semana que vem. A Câmara dos Deputados também deve aprovar a medida.
Obama e outras autoridades do governo têm pressionado o Congresso a agir rapidamente, dizendo que a segurança nacional do país e sua credibilidade internacional estão em jogo na decisão de usar a força na Síria para punir o governo do presidente Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas.
"Se não tomarmos uma posição aqui hoje, eu garanto, é provável que enfrentemos riscos muito maiores à nossa segurança e uma probabilidade muito maior de conflito que exigirão a nossa ação no futuro", disse o secretário de Estado, John Kerry, ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara em uma reunião separada nesta quarta-feira.
"Assad vai entender o nosso silêncio, a nossa falta de vontade de agir, como um sinal de que ele pode usar as suas armas impunimente", disse Kerry.
A votação ocorreu após os dois líderes da comissão --o democrata Robert Menendez e o republicano Bob Corker-- trabalharem em uma solução para aplacar às preocupações de alguns parlamentares de que a resolução de Obama era muito ampla.
O senador republicano John McCain, do Arizona, se opôs à limitação da autorização, mas a comissão aprovou as alterações propostas por ele, com objetivo de destruir a capacidade de Assad de usar armas químicas, aumentar o apoio às forças rebeldes e reverter a dinâmica no campo de batalha para criar condições para a remoção de Assad.
Muitos parlamentares disseram que estão preocupados com a possibilidade de a resolução acabar permitindo o envio de tropas terrestres norte-americanas à Síria, o que, segundo autoridades do governo, não irá acontecer.
"Está muito claro pelo lado da Câmara que não há apoio para combate em terra", disse o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, Ed Royce, para Kerry na audiência desta quarta-feira, que também contou com o depoimento de secretário de Defesa, Chuck Hagel, e do presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Martin Dempsey.
Kerry respondeu sem rodeios: "Não haverá batalhas em terra. O presidente disse isso mais de uma vez."
Atualizado às 18h07min.