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Comissão Anticorrupção quer impugnar premiê da Tailândia

Comissão Anticorrupção da Tailândia pretende abrir processo de impugnação contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawtra


	Yingluck Shinawatra: organização considera que a chefe de governo agiu de forma negligente na gestão do programa de subsídios aos produtores de arroz
 (Getty Images)

Yingluck Shinawatra: organização considera que a chefe de governo agiu de forma negligente na gestão do programa de subsídios aos produtores de arroz (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2014 às 09h36.

Bangcoc - A Comissão Anticorrupção da Tailândia pretende abrir nesta terça-feira um processo de impugnação contra a primeira-ministra, Yingluck Shinawtra, que discutirá com a Comissão Eleitoral o possível adiamento das eleições de domingo.

A organização anticorrupção considera que a chefe de governo agiu de forma negligente na gestão do programa de subsídios aos produtores de arroz, pelo qual o organismo já abriu na semana passada uma investigação contra Yingluck e acusou 15 pessoas.

A primeira-ministra preside o comitê que regula um programa de compra de arroz de agricultores acima do preço de mercado, o que representou uma despesa de 425 bilhões de bats (US$ 12,9 bilhões) em recursos públicos.

Estas perdas poderiam ser reduzidas com a venda das toneladas de arroz que se acumulam em armazéns estatais devido à falta de compradores, o que relegou a Tailândia ao terceiro lugar como exportador mundial do grão, atrás de Vietnã e Índia.

O membro da comissão anticorrupção, Vicha Mahakun, disse que o processo de impugnação, que levaria à inabilitação da primeira-ministra, poderia ser concluído em aproximadamente dois meses.

A medida do órgão coincidirá com a reunião que Yingluck manterá com a Comissão Eleitoral sobre o possível adiamento das eleições.

A agência leva semanas reivindicando um adiamento do pleito, sem oferecer outra data precisa, devido ao clima de tensão política provocado pelos protestos de grupos antigovernamentais, que se opõem à votação.

Os manifestantes bloquearam no domingo passado várias zonas eleitorais o que impediu a votação antecipada em 89 das 375 circunscrições do país, a maioria delas em Bangcoc e nas províncias do sul.

Por causa do boicote, cerca de 440 mil pessoas, 22% dos 2 milhões de eleitores registrados para a votação antecipada, não puderam depositar suas cédulas nas urnas.

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