Agência de notícias
Publicado em 4 de julho de 2024 às 07h02.
A passagem do cometa 13P/Olbers, que só pode ser visto da Terra a cada 69 anos, atingirá seu brilho máximo neste sábado, 6. Segundo o Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o fenômeno poderá ser visto em céus escuros com o auxílio de binóculos, na direção da constelação de Lince. Os melhores lugares para a observação são no Norte e Nordeste do Brasil, em local sem poluição luminosa.
Descoberto por Heinrich Wilhelm Matthias Olbers (Bremen) em março de 1815, o cometa 13P/Olbers é considerado como um "tipo Halley", um ponto brilhante frequentemente estudado pelos astrônomos, posto que há especulações sobre sua órbita ser acompanhada de uma chuva de meteoros associada em Marte.
Os cometas são corpos celestes que se originaram após a criação do nosso sistema solar há aproximadamente 4600 milhões de anos.
São compostos de gelo seco, água, rocha e outras substâncias como amoníaco, metano e alguns metais que, por estarem a temperaturas muito baixas, permanecem congelados.
Como esses fenômenos astronômicos não são tão frequentes, talvez seja necessário experimentar sua observação ao menos uma vez na vida. Segundo a National Geographic, este ano o universo nos surpreenderá com outros três cometas:
27 de setembro: o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) tem potencial para se tornar, nesta data, um “grande cometa”. Segundo o Instituto SETI, “seu brilho será comparável ao das estrelas mais luminosas”. Por conta disso, não será necessário nenhum equipamento extra para observá-lo. Além disso, poderá ser visto de todos os hemisférios.
29 de novembro: o cometa 333P/LINEAR será muito menor que os demais, sendo necessário um pequeno telescópio ou grandes binóculos para vê-lo. Trata-se de um cometa com período orbital de 8,7 anos.