Luta contra o EI: a perda de territórios no Oriente Médio suporá uma mudança de estratégia do EI, que aumentará sua presença na Líbia (Nichols Kamm / Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de fevereiro de 2016 às 08h06.
Roma - A conferência que reúne em Roma 23 membros da coalizão internacional contra os terroristas do Estado Islâmico (EI) começou na manhã desta terça-feira e nela serão analisadas as operações em curso e estudadas novas formas de parceria.
Esta cúpula é presidida pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, e pelo ministro italiano das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni.
Kerry, antes de entrar no encontro a portas fechadas, garantiu não ter dúvidas de que o EI "será destruído".
"O mundo espera segurança de nós", afirmou.
Gentiloni destacou os avanços da luta contra os terroristas na Síria e Iraque, mas advertiu ao mesmo tempo sobre a necessidade de "não valorizá-los".
O italiano disse que a coalizão arrebatou dos jihadistas 40% do território que controlavam no Iraque e 20% da Síria mas, na sua opinião, a ameaça continua vigente.
À reunião compareceu também o ministro espanhol das Relações Exteriores, José Manuel García Margallo, que antes de sua chegada defendeu perante a imprensa a necessidade de aumentar a informação entre os membros da coalizão perante as novas e mais globais ameaças do EI.
Segundo sua opinião, a perda de territórios no Oriente Médio suporá uma mudança de estratégia do EI, que se centrará em aumentar sua presença na Líbia e em realizar atos terroristas "ao longo e largo do planeta".
No ato participam 23 países, além de representantes das Nações Unidas e da chefe da diplomacia comunitária, Federica Mogherini.
Kerry e Gentiloni oferecerão uma entrevista coletiva conjunta previsivelmente às 15h (12, em Brasília).
A cúpula romana precede a Conferência Internacional de Doadores sobre a Síria, que será realizada em Londres na próxima quinta-feira, 4 de fevereiro.