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Começa a evacuação de cidades pró-regime assediadas na Síria

Localidades de Fua e Kafraya tinham população de maioria xiita, ligada ao regime, e estavam cercadas por rebeldes e por braço da Al-Qaeda

Síria: retirada envolve a totalidade dos habitantes das duas localidades, que deverão ser transferidos para territórios controlados pelo governo (AFP / OMAR HAJ KADOUR/AFP)

Síria: retirada envolve a totalidade dos habitantes das duas localidades, que deverão ser transferidos para territórios controlados pelo governo (AFP / OMAR HAJ KADOUR/AFP)

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AFP

Publicado em 18 de julho de 2018 às 19h45.

Vários ônibus começaram a evacuar, na madrugada desta quinta-feira, civis e combatentes de duas localidades pró-regime na Síria, com base no acordo que permitirá que milhares de pessoas abandonem estas cidades após anos de assédio por parte de rebeldes e jihadistas.

Um correspondente da AFP observou cerca de 20 ônibus partindo de Fua e de Kafraya, em razão do acordo fechado entre Rússia, aliada do regime de Bashar Al Assad, e Turquia, que apoia os rebeldes.

Combatentes e civis partiram nos veículos junto com seus objetos pessoais.

A retirada envolve a totalidade dos habitantes das duas localidades, que deverão ser transferidos para territórios controlados pelo governo na vizinha província de Aleppo, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

As localidades de Fua e Kafraya, no noroeste da Síria, tinham uma população de maioria xiita, ligada ao regime, e estavam cercadas pelos rebeldes e pelo grupo jihadista Hayat Tahrir Al Sham, antigo braço da Al-Qaeda na Síria, que controlam a maior parte da província de Idlib.

Nesta quarta-feira, na estrada que liga as duas localidades, um responsável da zona sitiada e outro do Hayat Tharir Al Sham ativaram a operação, retirando as barricadas e permitindo que 84 ônibus pudessem entrar, constatou o correspondente da AFP.

"Dezenas de ônibus e ambulâncias entraram em Fua e Kafraya para retirar a população assediada pelos terroristas", confirmou a agência oficial de notícias Sana.

No total, 6.900 pessoas - civis e combatentes - devem ser retiradas, segundo uma fonte do Hayat Tahrir Al Sham. Em troca, o regime libertará 1.500 prisioneiros.

Em abril de 2017, durante outra operação de evacuação, dezenas de habitantes de Fua e de Kafraya morreram na estrada em um atentado suicida.

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