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Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 09h00.
Genebra - Um comboio da ONU com toneladas de ajuda humanitária para cerca de 2.500 civis em Homs, que sofrem com um cerco militar há mais de um ano, "segue esperando" que o governo sírio e os grupos armados cheguem a um acordo para permitir o acesso seguro à cidade.
"Lamentavelmente, o comboio não se move e segue esperando. O governo e os grupos armados estão negociando o acesso", declarou o porta-voz do Escritório de Ajuda Humanitária das Nações Unidas, Jens Laerke.
O funcionário disse que depende das partes, e não da ONU, "negociar entre elas o modo para que a distribuição seja segura, tanto para quem a efetua como para os beneficiados".
O carregamento de ajuda contém alimentos, artigos de primeira necessidade e contra o frio, remédios e vacinas.
Sobre a possibilidade de fazer uma distribuição aérea de ajuda em Homs, a porta-voz do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Elizabeth Byrs, disse que esta é uma opção utilizada em "casos muito específicos" e não esclareceu se está pensando em adotá-la.
Elizabeth disse que os combates que eclodiram na última semana na estrada entre as cidades sírias de Damasco e Daraa estão restringindo o acesso ao principal depósito do PMA na capital e afetaram a distribuição de ajuda humanitária nos três últimos dias.
"A continuação das hostilidades pode obstaculizar a distribuição completa de ajuda em janeiro", advertiu.
Além disso, a porta-voz informou que quarenta lugares na Síria, onde vivem entre 200 mil e 250 mil pessoas, seguem sob assédio militar e nenhuma ajuda de emergência consegue entrar.
Elizabeth disse que 800 mil pessoas estão em áreas onde a ajuda da ONU só entra de maneira irregular, incluído o cinturão norte do país, que -com cidades importantes como Al Raqa, Al Hasakah e Deir Ezzor- está em grande parte sob controle de grupos rebeldes.
"Pedimos às partes do conflito que nos deem um acesso livre a todos os civis no país", disse Elizabeth Byrs. Segundo a funcionária, em dezembro foi distribuída na Síria ajuda para 3,8 milhões de pessoas, mas o organismo está ajustando sua capacidade para chegar a 4,25 milhões neste mês.
Elizabeth ressaltou, no entanto, que o cumprimento deste objetivo dependerá da maneira como evolui o bloqueio de rotas em todo o país.
*Atualizada Às 10h00 do dia 31/01/2014