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Combates interrompem envio de suprimentos a Mosul

A ONU emitiu um alerta sobre a situação humanitária no leste de Mosul, onde a população enfrenta escassez de comida e de água

Mosul: a água foi cortada para 650 mil pessoas --ou 40 por cento do total de moradores da localidade (Getty Images)
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Reuters

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 12h43.

Iraque - A Organização das Nações Unidas ( ONU ) emitiu nesta quarta-feira um novo alerta sobre a situação humanitária no leste de Mosul, onde o Exército do Iraque, com apoio dos Estados Unidos, está envolvido em combates intensos com militantes do Estado Islâmico.

Mais de seis semanas após o início da ofensiva contra o último grande bastião urbano do grupo no país, o Exército está tentando desalojar os militantes escondidos entre civis nos bairros do leste, o único flanco que as tropas iraquianas conseguiram romper.

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"A situação no leste da cidade de Mosul perto das linhas de frente continua repleta de perigos para os civis. Os disparos de morteiros continuam tomando vidas", disse o escritório de ajuda humanitária da ONU. "Os suprimentos limitados de alimento e água estão se esgotando em meio a relatos preocupantes de insegurança alimentar emergindo da cidade".

A água foi cortada para 650 mil pessoas --ou 40 por cento do total de moradores da localidade-- quando um aqueduto foi atingido durante os confrontos, disse uma autoridade local na terça-feira.

Em meio à chegada do inverno, os agentes humanitários dizem que um cerco total está se desenvolvendo ao redor da cidade e que as famílias pobres estão tendo dificuldade para se alimentar, já que os preços estão subindo.

Quanto mais o conflito se arrastar, mas civis irão sofrer, visto que também estão expostos à violência de militantes determinados a esmagar qualquer oposição a seu comando.

A vice-alta-comissária de Direitos Humanos da ONU, Kate Gilmore, disse nesta quarta-feira que há relatos de que o Estado Islâmico, que matou moradores que suspeita estarem colaborando com o Exército iraquiano, fuzilou 27 civis em público em Muhandiseen Park, em Mosul, na semana passada.

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