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Com novas sanções, Rússia não consegue usar nem bancos da China; entenda

Agora, 98% dos bancos chineses se recusam a aceitar transferências do país de Putin

Parceria entre os dois países pode reviver até antiga prática de troca de mercadorias (Mikhail Svetlov / Colaborador/Getty Images)

Publicado em 16 de agosto de 2024 às 10h29.

O impacto das sanções do Ocidente parece estar piorando cada vez mais para a Rússia. Agora,98% dos bancos chineses — mesmo os pequenos regionais — estão se recusando a aceitar transferências diretas de pagamentos chineses da Rússia, disse Alexey Razumovsky, diretor comercial da empresa de pagamentos Impaya Rus, ao jornal Izvestia, pró-Kremlin

Tais problemas parecem ter se intensificado nas últimas três semanas, já que empresas financeiras chinesas menores ainda estavam processando pagamentos russos em maio e junho, segundo o Izvestia.

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Isso vem na esteira de notícias recentes de que cerca de 80% das transferências bancárias feitas em yuan estavam voltando sem explicação após ficarem paralisadas por semanas enquanto bancos decidiam se poderiam fazer as operações.

Segundo o Izvetsia, esses desafios de pagamento com bancos chineses podem contribuir para dificuldades na cadeia de suprimentos e inflação na Rússia.

E a relação China e Rússia

Desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022, a Rússia e seus parceiros comerciais contornaram sanções ocidentais usando bancos menores e outros modos de pagamento ou moedas que não o dólar para contornar as proibições que alguns bancos russos sofreram ao serem excluídos do do sistema financeiro internacional SWIF T.

Desde dezembro, porém, o cerco se fechou ainda mais, já que os EUA aprovaram um novo pacote de sanções que visa punir instituições financeiras que estavam ajudando a Rússia.

Com isso, o Kremlin está correndo para estabelecer mecanismos de pagamento alternativos, como realizar transações por meio de p aíses terceiros "amigáveis", além de usar sistemas que incluem criptmoedas.

A situação é tão crítica queRússia e a China estão até planejando reviver a antiga prática de troca de mercadorias para contornar as sanções ocidentais, segundo informou a Reuters na quinta-feira.

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