(Sean Gallup/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de julho de 2022 às 14h06.
Após a Rússia ter reduzido fluxos de gás para Alemanha, Itália, Áustria, República Checa e Eslováquia no início deste mês e temendo um corte no fornecimento de gás russo, o presidente da Agência Federal de Redes da Alemanha, Klaus Mueller, pediu neste sábado a residentes do país que economizem energia e se preparem para o inverno.
Mueller orientou proprietários que verifiquem e ajustem caldeiras a gás e radiadores antes da chegada do frio, a fim de maximizar a eficiência dos equipamentos. "A manutenção pode reduzir o consumo de gás em 10% a 15%", disse ele ao grupo de mídia Funke Mediengruppe, que possui um jornal e revistas.
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O presidente da agência também pediu que moradores e proprietários usem as próximas 12 semanas antes do frio chegar para se preparar, sugerindo que as famílias discutam se há necessidade de a temperatura de todos os quartos ser ajustada de forma usual ou se "ou se alguns quartos podem ficar um pouco mais frios".
A estatal russa de energia Gazprom atribuiu a um problema técnico a redução do gás natural que flui através do Nord Stream 1, gasoduto sob o Mar Báltico entre a Rússia e a Alemanha. A empresa disse que um equipamento que estava sendo reformado no Canadá ficou preso lá por causa das sanções ocidentais relacionadas à invasão da Ucrânia pela Rússia.
Os líderes alemães rejeitaram a explicação e chamaram as reduções de movimento político em reação às sanções da União Europeia contra a Rússia.
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O vice-chanceler, Robert Habeck, alertou que um "bloqueio" do gasoduto pode ser possível a partir de 11 de julho, quando os trabalhos regulares de manutenção devem começar. Em verões anteriores, o trabalho envolveu o fechamento do Nord Stream 1 por cerca de dez dias, disse ele. A dúvida é se a próxima manutenção regular do gasoduto se transformará em "uma manutenção política mais duradoura", disse Mueller. Ele disse que a agência "não vê um cenário em que não haja mais gás vindo para a Alemanha".
Também neste sábado, a empresa alemã de produtos químicos e consumo Henkel sinalizou que considera incentivar funcionários a trabalharem em casa no inverno, em resposta a uma possível escassez de oferta. "Poderíamos reduzir bastante a temperatura nos escritórios, enquanto nossos funcionários aqueceriam suas casas na medida normal", disse o CEO da Henkel, Carsten Knobel, ao jornal Rheinische Post.
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