Com bebê, mulher-bomba atacou mercado nigeriano
A mulher com um bebê e duas meninas, todas portando explosivos, atacaram um mercado lotado na cidade de Madagali há 11 dias
Reuters
Publicado em 24 de janeiro de 2017 às 19h08.
Uma mulher-bomba no nordeste da Nigéria , região atingida pelo Boko Haram , amarrou um bebê nas costas para passar despercebida enquanto caminhava para um mercado movimentado para detonar seus explosivos em um ataque recente, disse uma autoridade do governo local nesta terça-feira.
A mulher com um bebê e duas meninas, todas portando explosivos, atacaram um mercado lotado na cidade de Madagali há 11 dias, matando seis pessoas e ferindo 17, de acordo com o chefe do governo local de Madagali, Alheai Yusuf Mohammed.
O porta-voz do Exército nigeriano Rabe Abubakar não pôde confirmar que um bebê havia sido usado no ataque e disse que a mulher pode ter se disfarçado para aparecer como se estivesse carregando um bebê.
Unicef, fundo para a infância das Nações Unidas, disse que este foi o primeiro incidente com um bebê no nordeste da Nigéria.
"Estamos extremamente preocupados com o uso de um bebê desta forma insensível", disse a porta-voz do Unicef Doure Porte à Thomson Reuters Foundation.
Os ataques suicidas a bomba, que têm a marca do grupo jihadista Boko Haram, são comuns no nordeste da Nigéria, o coração da campanha de sete anos dos militantes para criar um estado islâmico.
O uso de crianças em ataques suicidas pelo Boko Haram aumentou quase cinco vezes desde 2014, com 19 ataques com crianças, a maioria envolvendo meninas, registradas pelo Unicef no ano passado.
Antes dos atentados de Madagali, a criança mais jovem usada neste tipo de ataque era uma menina de nove anos, disse a agência da ANU.