Com 29.500 mortes, Reino Unido prepara o plano para a reabertura
Boris Johnson participa de uma sessão no Parlamento e deve falar sobre a estratégia para o fim da quarentena no país
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2020 às 06h27.
Última atualização em 6 de maio de 2020 às 06h49.
Depois de a Espanha e a Itália iniciarem uma reabertura gradual, o Reino Unido agora começa a planejar como será a retomada das atividades no país. Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro Boris Johnson participa de uma sessão no Parlamento britânico e deve falar sobre os planos do governo para o fim do confinamento obrigatório e a reabertura da economia.
Na última quinta-feira, Johnson afirmou em um pronunciamento na televisão que o governo iria divulgar a sua estratégia oficial para a reabertura até o fim desta semana. O governo tem até a quinta-feira (7) para decidir se vai estender ou não as medidas de quarentena no país. É quando termina o prazo legal do confinamento.
Os britânicos não podem sair de casa desde o dia 24 de março, a não ser para fazer compras de supermercado, ir ao médico ou realizar outras atividades essenciais. Inicialmente, o confinamento tinha duração de três semanas, mas foi estendido por mais três.
É possível que o governo de Boris Johnson amplie o prazo da quarentena pela segunda vez até o início da reabertura gradual. Os detalhes devem ficar conhecidos ainda esta semana.
Ontem, o Reino Unido superou a Itália e se tornou o segundo país do mundo com maior número de mortes por covid-19 , depois dos Estados Unidos. Ao todo, a doença já fez mais de 29.500 vítimas no país. A curva de novos casos está estável no Reino Unido desde o meio de abril, mas, ao contrário de outros países europeus como Itália, Espanha e Alemanha, ainda não há uma queda consistente.
Quando a doença começou a ganhar força na Europa, o Reino Unido adotou inicialmente uma estratégia de deixar que os casos se espalhassem. A expectativa era a de que conforme as pessoas tivessem contato com o coronavírus elas ganhariam imunidade. Na visão do governo, isso faria a epidemia ser contida. Quando ficou claro que a estratégia provocaria um rápido aumento do número de doentes e de mortes, o primeiro-ministro mudou a estratégia e decretou o confinamento obrigatório.
O país foi um dos últimos entre as grandes economias da Europa a adotar as medidas de quarentena. Agora, o retorno à normalidade levará ainda mais tempo do que nos países vizinhos.