Colômbia prevê mais de 1.500 casos de síndrome devido zika
A Colômbia prevê mais de 1.500 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré associada a este vírus, segundo ministro
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2016 às 16h42.
Bogotá - A Colômbia , segundo país mais afetado do mundo pelo zika depois do Brasil, prevê mais de 1.500 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré associada a este vírus - disse nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Alejandro Gaviria.
"A taxa que estamos falando hoje em dia é de 2,3 casos de Guillain-Barré por 1.000 afetados por zika. Esses são o suficiente, porque na Colômbia estão esperando 650.000 casos de zika durante a epidemia. Em outras palavras espera-se 1.512 casos de Guillain-Barré", disse Gaviria em entrevista à Radio Blu.
"A mortalidade associada à síndrome de Guillain-Barré é de 4% e é incapacitante em várias dimensões", disse Gaviria, alertando para uma "explosão" de casos da doença.
Gaviria disse que neurologistas disseram que passaram anos sem ver um caso de síndrome de Guillain-Barré e agora veem "três em um único dia". Atualmente, disse, há 15 pacientes desta doença em hospitais em Cucuta (nordeste), na fronteira com a Venezuela, e três em Ibagüé (centro-oeste).
"Há uma sobreposição suficiente no espaço e no tempo para dizer que aqui há claramente uma associação", explicou.
A síndrome de Guillain-Barré, uma condição na qual o sistema imunitário ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia, é um dos problemas relacionados com o zika, suspeito também de causar um aumento de malformações congênitas na América Latina.
"As duas maiores preocupações são estas: a microcefalia e complicações neurológicas", afirmou Gaviria sobre esta epidemia que, segundo ele, "tem uma característica de tempestade perfeita".
De acordo com o último boletim epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde colombiano, até a terceira semana de janeiro havia 20.297 casos notificados de zika, 2.116 deles em grávidas.
"Isso é sério", afirmou Gaviria sobre o surto de zika na Colômbia, que segundo as projeções mostrará sua fase mais difícil até a terceira ou quarta semana de março, e deve diminuir após julho.
Agora "esperamos entre 5.000 e 6.000 novos casos relatados zika por semana", acrescentou sobre o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue e da chikungunya.
No entanto, já que apenas uma em cada quatro pessoas que contraem zika apresentam algum sintoma, como febre baixa, dores de cabeça e articulares ou erupções cutâneas, "muito provavelmente" tem "dezenas de milhares de casos no país", apontou Gaviria.
A Colômbia, que na semana passada declarou alerta verde hospitalar para se preparar para a "fase expansiva" do zika, não pretende suspendê-lo por ora.
Bogotá - A Colômbia , segundo país mais afetado do mundo pelo zika depois do Brasil, prevê mais de 1.500 casos da síndrome neurológica de Guillain-Barré associada a este vírus - disse nesta segunda-feira o ministro da Saúde, Alejandro Gaviria.
"A taxa que estamos falando hoje em dia é de 2,3 casos de Guillain-Barré por 1.000 afetados por zika. Esses são o suficiente, porque na Colômbia estão esperando 650.000 casos de zika durante a epidemia. Em outras palavras espera-se 1.512 casos de Guillain-Barré", disse Gaviria em entrevista à Radio Blu.
"A mortalidade associada à síndrome de Guillain-Barré é de 4% e é incapacitante em várias dimensões", disse Gaviria, alertando para uma "explosão" de casos da doença.
Gaviria disse que neurologistas disseram que passaram anos sem ver um caso de síndrome de Guillain-Barré e agora veem "três em um único dia". Atualmente, disse, há 15 pacientes desta doença em hospitais em Cucuta (nordeste), na fronteira com a Venezuela, e três em Ibagüé (centro-oeste).
"Há uma sobreposição suficiente no espaço e no tempo para dizer que aqui há claramente uma associação", explicou.
A síndrome de Guillain-Barré, uma condição na qual o sistema imunitário ataca o sistema nervoso e pode causar paralisia, é um dos problemas relacionados com o zika, suspeito também de causar um aumento de malformações congênitas na América Latina.
"As duas maiores preocupações são estas: a microcefalia e complicações neurológicas", afirmou Gaviria sobre esta epidemia que, segundo ele, "tem uma característica de tempestade perfeita".
De acordo com o último boletim epidemiológico do Instituto Nacional de Saúde colombiano, até a terceira semana de janeiro havia 20.297 casos notificados de zika, 2.116 deles em grávidas.
"Isso é sério", afirmou Gaviria sobre o surto de zika na Colômbia, que segundo as projeções mostrará sua fase mais difícil até a terceira ou quarta semana de março, e deve diminuir após julho.
Agora "esperamos entre 5.000 e 6.000 novos casos relatados zika por semana", acrescentou sobre o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, também vetor da dengue e da chikungunya.
No entanto, já que apenas uma em cada quatro pessoas que contraem zika apresentam algum sintoma, como febre baixa, dores de cabeça e articulares ou erupções cutâneas, "muito provavelmente" tem "dezenas de milhares de casos no país", apontou Gaviria.
A Colômbia, que na semana passada declarou alerta verde hospitalar para se preparar para a "fase expansiva" do zika, não pretende suspendê-lo por ora.