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Colômbia prende 3º suspeito de participar de esquema da Odebrecht

Cardona era sócio e membro da junta diretiva da empresa ACC Engenharia, terceirizada do consórcio Tunjuelo-Canoas, para a execução da obra

Odebrecht: "O detido (Cardona) seria supostamente o encarregado de coletar os subornos do consórcio e enviá-los aos funcionários públicos" (Guadalupe Pardo/Reuters)
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EFE

Publicado em 20 de fevereiro de 2017 às 21h18.

Bogotá - A procuradoria da Colômbia prendeu nesta segunda-feira em Bogotá o funcionário terceirizado Andrés Cardona por sua suposta participação na realização irregular e na execução de um contrato para obras do rio Bogotá, como parte das investigações realizadas sobre subornos da Odebrecht .

Cardona era sócio e membro da junta diretiva da empresa ACC Engenharia, terceirizada do consórcio Tunjuelo-Canoas, para a execução da obra, contratada pela Empresa de Aqueduto e Águas e Esgoto de Bogotá (EAAB), segundo um comunicado da procuradoria.

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O funcionário terceirizado é o terceiro detido pelos subornos da Odebrecht no país, que já colocou atrás das grades o ex-vice-ministro de Transporte, Gabriel García Morales, e o ex-senador Otto Bula.

"O detido (Cardona) seria supostamente o encarregado de coletar os subornos do consórcio e enviá-los aos funcionários públicos, no caso do contrato para construir um túnel interceptador para a descontaminação do rio Bogotá, denominado Tunjuelo-Canoas-Rio Bogotá", detalhou a procuradoria no comunicado.

O contrato foi realizado em 2009 entre a EAAB e o Consórcio Tunjuelo-Canoas, formado pelas empresas CASS, do grupo colombiano Solarte e a filial da Odebrecht no país, que terceirizou para a ACC Engenharia.

A procuradoria investiga um convênio no valor de 244 bilhões de pesos (cerca de R$ 260 milhões) no qual "o funcionário terceirizado teria pago uma milionária propina para obter o contrato diretamente".

Cardona será acusado como suposto responsável dos crimes de suborno e interesse indevido em realização de contratos, acrescentou o comunicado.

Este caso é uma das 11 linhas de investigação que a procuradoria abriu, depois que foi revelado o escândalo dos subornos da construtora brasileira.

Segundo documentos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, revelados no último dia 21 de dezembro, a Odebrecht pagou mais de US$ 11 milhões em subornos na Colômbia entre 2009 e 2014 como parte de sua estratégia para conseguir contratos na América Latina e na África.

As investigações na Colômbia sobre a rede de subornos da Odebrecht se centraram nos contratos obtidos para a construção da estrada Ruta del Sol II, de cerca de 600 quilômetros, que comunica o centro com o norte do país, assim como nas obras de melhoria da navegabilidade do rio Magdalena.

O escândalo da Odebrecht também chegou às campanhas eleitorais de 2014 do presidente Juan Manuel Santos e do opositor Óscar Iván Zuluaga, do partido Centro Democrático, motivo pelo qual tanto a procuradoria como o Conselho Nacional Eleitoral abriram diferentes investigações.

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