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Colômbia inicia campanha de vacinação para evitar epidemias

No total, atualmente estão disponíveis dez mil vacinas contra o tétano, dez mil contra a catapora e 15 mil contra hepatite

Colômbia: "Neste momento não temos focos, mas estamos recorrendo à vacinação para evitá-los, levando em conta a dificuldade do (acesso à) água e as condições higiênicas nos abrigos" (Jaime Saldarriaga/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de abril de 2017 às 20h31.

Mocoa - As autoridades colombianas iniciaram nesta quarta-feira uma grande campanha de vacinação para os sobreviventes da tragédia de Mocoa, assolada por um deslizamento que deixou pelo menos 293 mortos, para prevenir doenças como tétano, difteria, catapora e hepatite A.

"Neste momento não temos focos, mas estamos recorrendo à vacinação para evitá-los, levando em conta a dificuldade do (acesso à) água e as condições higiênicas nos abrigos", comentou à Agencia Efe Brigitte Forest, profissional especializada em doenças transmissíveis do Ministério da Saúde.

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No total, atualmente estão disponíveis dez mil vacinas contra o tétano, dez mil contra a catapora e 15 mil contra hepatite. No entanto, Brigitte detalhou que, caso seja necessário, o Ministério fornecerá mais.

A cidade conta com oito postos de vacinação, entre eles um no abrigo instalado no Instituto Técnico de Putumayo (IPT), o que acolhe mais sobreviventes da cidade.

Uma das maiores preocupações é a situação dos menores se encontram nestes postos, explicou Brigitte, que indicou que o sistema imunológico das crianças "está mais frágil".

As doenças que mais preocupam são hepatite A e catapora, mas Brigitte detalhou que "as pessoas que tiveram algum contato com algum metal ou com a terra podem ter tétano".

No entanto, o médico epidemiologista Pedro Nel Benavides se mostrou convencido, com base em sua experiência, de que é pouco provável que haja focos de tétano devido à alta presença de água, que oxigena a terra e, portanto, dificulta o surgimento da doença.

Para Benavides, Mocoa vive um "risco médio" de desenvolver epidemias e destacou que os afetados receberam bom atendimento.

O médico afirmou que o mais grave é "a repercussão no fator psicossocial" dos que perderam a parentes e seus bens na tragédia.

Para trabalhar nesse aspecto, vários psicólogos chegaram ao abrigo no IPT, onde fazem trabalhos em grupo por conta do alto número de afetados.

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